REDAÇÕES CORRIGIDAS - Março/2018 Violência e drogas: o papel do usuário
Legalizar não é a solução
Holanda e Uruguai são países conhecidos por regularizar o uso de drogas drogas, mais especificamente o uso da maconha. Pesquisas e estudos apontam que houve redução nos índices de criminalidade desses países, principalmente das ocorrências ligadas ao tráfico de drogas.
No Brasil, não existe legislação que legalize o uso de drogas como a maconha, cocaína e crack, de forma que transportar ou comercializar entorpecentes se encaixa como crime de tráfico de drogas, o qual está incluso no artigo 33 da lei 11.343/06, a mesma que trata da política pública de drogas. Também cabe destacar que este crime é um dos principais geradores dos altos índices de violência.
Contudo Contudo, muitas pessoas questionam se a violência do tráfico ocorre devido as às políticas que proíbem o uso de entorpecentes ou por causa dos consumidores de drogas. Esta questão recai sobre o financiamento do mercado de entorpecentes. Muitos afirmam que a legalização faria com que o tráfico deixasse de existir, e existir e os índices de violência baixassem. Entretanto Entretanto, nenhuma lei iria liberar o uso de todo e qualquer tipo de droga, sendo assim haveriam outros caminhos para os traficantes seguirem.
Em um país como o Brasil, onde o problema das drogas já se tornou questão de saúde pública, segurança, justiça e até mesmo questão familiar, é preciso que seja feita muita coisa antes de acabar com as políticas proibicionistas. Para que haja uma legalização legalização, primeiramente o problema deve ser amenizado.
Comentário geral
Em termos de linguagem, o texto é bem razoável, particularmente pela clareza com que as ideias são expressas. Em termos de estrutura e de conteúdo, no entanto, o texto é muito fraco. Vale notar que os dois primeiros parágrafos são praticamente uma introdução ao tema, que só é explicitado no terceiro parágrafo. Nele, o autor afirma a existência do debate que opõe o proibicionismo à responsabilidade do usuário. Só que ele já havia se posicionado implicitamente sobre isso nos dois primeiros parágrafos, negando a eficácia do proibicionismo. Ou seja, ele dá a sua resposta antes de apresentar a questão. Depois disso, no último parágrafo, limita-se a fazer uma ressalva em sua posição contrária à proibição, dando uma opinião: a de que a situação precisa ser amenizada antes do fim dessa mesma proibição. A opinião ou ponto de vista do autor só se manifesta na conclusão e sem nenhum argumento para fundamentá-la. Aliás, a conclusão e o título são até contraditórios com os raciocínios desenvolvidos pelo autor.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: a) tanto na Holanda quanto no Uruguai, o que foi legalizado foi o uso de maconha, as outras drogas não. A informação é incorreta. b) Que pesquisas e estudos? Quando se dá uma referência, é melhor que ela não seja vaga assim.
2) Segundo parágrafo: legislação que legalize é uma tautologia.
3) Terceiro parágrafo: só aqui o autor expõe o tema, com os problemas já mencionados no comentário geral.
4) Quarto parágrafo: por uma questão de lógica, primeiro vem o problema familiar, depois, numa ordem mais facultativa, a segurança e a saúde pública, ou vice-versa.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
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