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REDAÇÕES CORRIGIDAS - Julho/2016 Escravizar é humano?

Redação corrigida 250

Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós

Inconsistente Erro Correção

“Eu tenho um sonho”, disse Martin Luther King na luta pelos diretos direitos civis para os negros negros, cem anos após a abolição da escravidão estadunidense.

Continuamos a sonhar que essa atrocidade tão antiga não afete ainda mais a sociedade atual e que principalmente deixe de existir. Atualmente grande parte da escravidão se encontra camuflada em um sistema muito semelhante ao processo de escravização indígena na América espanhola, onde estes recebiam “algo” pelo trabalho realizado, ou seja, era estabelecido um regime de semi-escravidão.

Nesse sentido, as regiões mais populosas do globo são mais afetadas, no atual mundo capitalista, a procura por alta produtividade e baixos custos faz com que os escrúpulos de alguns empresários inexistam, nesta relação capital e todo homem nasce livre e igual perante a lei, a cobiça esta está vencendo.

Portanto, a luta pelo fim da escravidão é árdua, a ONU (organização das nações unidas) deve Organização das Nações Unidas) deve, juntamente com a OIT (organização internacional do trabalho Organização Internacional do Trabalho), pressionar órgãos financeiros de destaque destaque, como o Banco Mundial e O o FMI (fundo monetário internacional Fundo Monetário Internacional) a não financiar escravidão pelo mundo.

No Brasil Brasil, cabe ao ministério do trabalho informar, principalmente os mais humildes, de seus direitos Ministério do Trabalho informar principalmente os mais humildes de seus direitos, realizando ações, com escolta da polícia federal Polícia Federal, em regiões mais propensas a tal abuso, pois como disse Abraham Lincoln “se a escravidão não é crime, não há crimes”.

Comentário geral

Texto muito fraco, composto de afirmações avulsas e desencontradas sobre a escravidão, as quais passam longe do tema da redação, que é: seria a escravidão inerente às sociedades humanas, de vez que existe da Antiguidade aos dias de hoje? O autor se limita a falar da escravidão de indígenas e negros, característica das Américas no período colonial, sem se aprofundar na questão do trabalho escravo nos dias atuais. Não existe uma linha de raciocínio, em que premissas conduzam a uma conclusão, mas uma exposição de fatos e opiniões em que falta coesão e coerência. Há equívocos conceituais e as sugestões para acabar com o problema da escravidão são genéricas. Finalmente, as muitas citações que são feitas desde o título parecem ter sido feitas apenas para demonstrar conhecimento, por exercerem um papel meramente decorativo nos raciocínios que o autor não consegue realizar. 

Aspectos pontuais

1) Primeiro parágrafo: a citação de Luther King não se relaciona diretamente com a escravidão, mas com o fim do racismo e a integração social de negros e brancos. A escravidão moderna não é particularmente da raça negra e apresenta aspectos diferentes da escravidão no passado. De modo que o sonho de Luther King não se relaciona com o nosso sonho pelo fim da escravidão, que o autor menciona no parágrafo seguinte. Ele tenta associar ideias diferentes com a citação, mas de modo inadequado, o que a transforma em mera exibição de conhecimento. Não funciona. Estadunidense é o modo politicamente correto de dizer norte-americano, que é o gentílico gramatical dos naturais dos Estados Unidos da América.

2) Segundo parágrafo: a) já foi feita a observação sobre a diferença entre sonhos no item anterior. Aqui é de notar que o não afete ainda mais, traz uma ideia de comparação, mas não há nenhuma comparação na frase. De resto se a escravidão deixar de existir, certamente não poderá afetar a sociedade atual, de modo que as ideias apresentadas poderiam ser simplificadas com assim: continuamos a sonhar com o fim da escravidão. b) O que o autor quer dizer com esse "algo", por que a palavra está entre aspas? Não há motivo lógico, nem gramatical, além da dificuldade do autor de deixar claro aquilo a que se refere.

3) Terceiro parágrafo: é o pior de todo o texto. A falta de pontuação correta e o uso de expressões ambíguas deixa o texto obscuro. Pelo escrito, o leitor só tem como entender o que o autor está procurando dizer vagamente, sem nenhuma exatidão.

4) Quarto parágrafo: a) a conjunção portanto é mal empregada, de vez que no parágrafo anterior, o autor não apresentou fatos que tenham como consequência o caráter árduo da luta contra a escravidão. b) Além do uso aleatório de letras maiúsculas e minúsculas, o autor acusa organismos internacionais de financiarem a escravidão, algo que, se de fato ocorresse, iria provocar um enorme escândalo internacional. Não é pressionando o Banco Mundial e o FMI que a ONU e a OIT podem desenvolvem ações pelo fim da escravidão.

5) Quinto parágrafo: a) Que tipo de ações? Se são só de informação, para que a escolta policial? b) Assim como as outras, a citação da frase de Lincoln é mera exibição de conhecimento, que só se relaciona indiretamente às outras afirmações do parágrafo.

Competências avaliadas

As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Título nota (0 a 1000)
Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 100
Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. 50
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 50
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. 0
Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. 50
Nota final 250

Redações corrigidas

Título nota (0 a 1000)

Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.

Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.

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