REDAÇÕES CORRIGIDAS - Junho/2017 Internação compulsória de dependentes de crack
Liberdade que mata
A liberdade das pessoas que se manifestaram nas últimas semanas contra às as ações da polícia militar Polícia Militar e a de traficantes que financiavam a dependência de drogas na região conhecida como cracolândia, tiveram cracolândia tiveram desfechos semelhantes.
Por um lado, entre a população iniciou-se um combate ideológico, de ideológico entre diferentes pontos de vista e de vista, de onde surgiram mais tarde manifestações. Por outro lado, a polícia combatia a ação de meliantes, levando presos quem vendia drogas no entorno e dentro da chamada cracolândia.
É preciso levar em conta que os dependentes de drogas, sem qualquer âmparo amparo, tanto de organizações não governamentais ou entidades ligadas aos direitos humanos, precisam de cuidados e e, acima de tudo, de humanidade. De esforço honesto em fazer o bem, ainda que, o que o indivíduo não possa decidir por sí si mesmo. Levando em conta os valores sociais e morais, a internação compulsória seria a melhor solução para esse drama que vivem os dependentes de crack e aos os que convivem com o problema na região.
Nesse aspecto, se faz faz-se urgente a intervenção do estado, para proteger e zelar pela saúde de seus cidadãos, com o respaldo de orgãos órgãos e instituições competentes. Compactuar com a dependência e o expressivo tráfico de drogas é antissocial e imoral, o que deteriora a sociedade como um todo.
Comentário geral
Texto fraco. A declaração do primeiro parágrafo não faz sentido, nem a que é feita no segundo parágrafo a explica. A marca do texto é a ambiguidade das declarações. A única afirmação clara no texto é a de que o autor é favorável à intervenção do governo na região e à internação compulsória, porque tem como premissa que os dependentes são incapazes de decidir por si, bem como por questões morais e de proteção social. Ou seja, o terceiro parágrafo é o único que permite ao avaliador compreender o que o autor pensa sobre o tema. É o único que se salva, também, pois a seguir, de modo ambíguo o autor clama por uma intervenção estatal que ele mesmo sabe que já foi feita. Se já foi feita, não precisa ser sugerida.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: que semelhança houve no desfecho entre a ação policial e as manifestações? Elas terminaram mais ou menos da mesma maneira? Que maneira? Em que as duas coisas se assemelham? Falta clareza à declaração. Sobra ambiguidade.
2) Segundo parágrafo: a) houve polêmica, mas é um exagero falar em combate ideológico. Ou, pelo menos, em explicar melhor o que se quer dizer. Aparentemente, o autor quis dizer somente que houve gente a favor e contra a intervenção do governo.
3) Terceiro parágrafo: a) humanidade aí é uma palavra que soa extremamente ambígua. O autor talvez queira dizer que eles precisam de um tratamento humano, digno de seres humanos, o que, afinal, os dependentes são. b) Quanto a esse esforço honesto para fazer o bem, quem deve fazê-lo? Ou o autor quer dizer que as ONGs e as entidades de direitos humanos não o fazem? Enfim, a declaração é ambígua, ainda que esse seja o parágrafo mais claro do texto.
4) Quarto parágrafo: Faz-se urgente: como assim? A intervenção já aconteceu. Na verdade, continuou a acontecer depois dos fatos que deram origem à proposta de redação. De resto, o governo precisa de respaldo de que órgãos e instituições?
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
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