REDAÇÕES CORRIGIDAS - Julho/2018 Por que os jovens querem deixar o Brasil?
Luso ou Brasileiro?
Com a vinda da família real portuguesa ao Brasil, no século XIX, e junto dela a a consequente construção de uma capital que se adequaria a vida de luxos luxo da corte, fortes ondas de imigrações imigração ocorreram no país, não só dos colonizadores colonizadores, mas também de outras diversas etnias. Entretanto, hoje vemos o oposto, oposto: brasileiros que visam deixar o país em busca de um Estado país estável, sem violência e com melhores condições de vida.
Pesquisas mostram que mais da metade da população de jovens no Brasil deixariam o país se tivessem a oportunidade, esse oportunidade. Esse desejo foi crescendo juntamente com a criança que via em sua volta um país desestruturado, repleto de desigualdade social, roubos e violência. Hoje esse desejo de emigração é alimentado pelo medo de um futuro incerto, no qual a crise econômica e a falta de empregos para a população estão inclusos.
Ademais, países como Portugal Portugal, que precisam de mão de obra e que tem a cuja maior parte da população é formada por idosos, estão oferecendo aos brasileiros diversas oportunidades para migrarem e construírem uma nova vida em um país lugar que está no ápice da economia e que é considerado um dos mais seguros do mundo; o mundo. O resultado disso foi a aceleração dos pedidos de dupla cidadania, com 50 mil concessões desde 2016, só em São Paulo.
Em suma, percebe-se uma reviravolta no quadro migratório, antes portugueses fugiam para o Brasil com medo da supremacia de Napoleão Bonaparte e hoje brasileiros fogem para Portugal pelo medo do futuro do país, todavia o fim desses fluxos migratórios devem parar de deve acontecer em algum momento, e para momento. Para isso, é necessário necessária uma restruturação política e social no do Brasil por meio de uma educação que priorize esses ensinamentos.
Comentário geral
O texto é bem razoável e poderia ter obtido uma nota melhor, se o autor não se baseasse num raciocínio historicamente equivocado. A imigração para o Brasil não começou com a vinda da Família real portuguesa, mas durante o reinado de dom Pedro II. Além disso, a Família real veio para cá não propriamente por medo de Napoleão, mas por necessidade política: era inevitável que Napoleão ocupasse Portugal, então, a Corte, exilou-se no Brasil, para não se submeter ao poderio francês. Somente isso, basta para refutar a conclusão a que chega o autor sobre os motivos da imigração para o Brasil, fazendo um contraste com a emigração de hoje em dia. Igualmente, a análise que o autor faz sobre Portugal e sua economia também é equivocada. Então, embora saiba argumentar, ele não encontrou os argumentos adequados, o que é avaliado na competência 3. Também acabou prejudicado na competência 5, por ser exageradamente genérico no que julga ser a solução para o problema.
Aspectos pontuais
1) O título não faz muito sentido e nem expressa o que se lê no texto.
2) Primeiro parágrafo: como já comentado, começa aqui um equívoco de História do Brasil que, infelizmente, vai comprometer o texto também na conclusão. Uma sugestão: é muito difícil explicar processos históricos complexos em poucas linhas. Especialmente, para quem não conhece muito bem a História e não tem absoluto domínio da escrita. O autor não precisava falar da Família real para expor seu ponto de vista: bastava dizer que o Brasil já foi um país de imigração no passado, mas, hoje, parece estar se transformando num país de emigrantes. Sem entrar em detalhes.
3) Terceiro parágrafo: o que é estar “no ápice da economia”? É ter uma economia sólida? É ser um país rico? É ser uma potência econômica? A expressão “ápice da economia” é ambígua e não corresponde à realidade de Portugal atualmente.
4) Quarto parágrafo: a) mais uma vez, vale ressaltar que esse contraste entre os motivos da imigração e da emigração é inadequado porque incorreto no âmbito histórico. b) O que deve para de acontecer, aparentemente, são os fluxos migratórios e não o seu fim.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.
Copyright UOL. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução apenas em trabalhos escolares, sem fins comerciais e desde que com o devido crédito ao UOL e aos autores.