REDAÇÕES CORRIGIDAS - Fevereiro/2019 Posse de armas: mais segurança ou mais perigo?
Mais armas menos violência?
Em outubro de 2005, houve no Brasil um referendo a respeito da proibição do comércio de armas de fogo e munições no país. Os brasileiros votaram contra a proposta. Nesse contexto, em virtude do aumento da violência e atendendo ao pedido de uma parcela da população, o Presidente presidente assinou o um decreto que facilita a posse de armas para população brasileira. Todavia, a medida gera opiniões divergentes e coloca que colocam em xeque a sua efetividade.
Com o intuito de cumprir uma promessa da sua campanha eleitoral, em 2018, o Presidente presidente Jair Bolsonaro assinou o Decreto um decreto que flexibiliza e torna os critérios mais objetivos para a posse de armas de fogo no Brasil. Para apoiadores da medida, o armamento da população a torna mais segura. Outro ponto levantado e é que o acesso facilitado às armas servirá de desestímulo aos criminosos. Além disso, o estatuto do desarmamento não cumpriu a sua função, haja vista que os números de homicídios por armas no país aumenta aumentam ano a ano. O número de mortes está entre os mais altos do mundo.
Em contrapartida, para aqueles aqueles que discordam dessa posição, argumentam que se posição argumentam que, se mais pessoas tiverem armas, a possibilidade de conflitos aumente aumentará e até mesmo a polícia estará mais vulnerável. De acordo com as pesquisas realizadas pelas universidades USP, PUC Rio, FGV, a taxa de homicídios nas cidades está atrelada com a disponibilidade de armas. Para as ONGs é função do Estado, e não do cidadão comum, lidar com a segurança e a criminalidade. Nesse sentido, mais armas não é são garantia de menos violência.
Segundo um estudo publicado pela universidade de Harvard, países que têm mais armas tendem a ter menos crimes. Ainda, de Ainda de acordo com o mesmo estudo, ao longo dos últimos 20 anos, as vendas de armas aumentaram nos Estados Unidos, contudo os homicídios relacionados a armas de fogo diminuíram em 39%.
Desse modo, embora ao a flexibilização do acesso à posse de armas de fogo traga a sensação de mais segurança para a população, tal medida não deve ser tratada de forma isolada. Faz se Faz-se necessário que líderes governamentais associem a nova legislação com políticas públicas mais eficientes voltadas para a diminuição da violência.
Comentário geral
Texto mediano, que poderia obter uma avaliação mais favorável, não fosse o quarto parágrafo que prejudica sua estrutura e sua argumentação, conforme se verá na análise das competências.
Competências
• 1) Texto relativamente bem escrito, que perde pontos principalmente pela redundância (ver trechos em vermelho nos dois primeiros parágrafos) e por expressões empoladas e retóricas desnecessárias (último parágrafo), além dos erros gramaticais corrigidos em verde.
• 2) O melhor do texto é a compreensão correta do tema e o esforço para refletir sobre ele numa redação de cunho dissertativo-argumentativo.
• 3) No entanto, a argumentação é confusa, o autor apresenta os argumentos dos apoiadores da medida (segundo parágrafo) e dos que lhe são contrários (terceiro parágrafo). No quinto e último parágrafo, expõe o seu ponto de vista de que a posse de armas precisa ser acompanhada de outras medidas para trazer segurança de fato. Contudo, entre as duas premissas e a conclusão, há o quarto parágrafo, que está solto no texto e que parece ser um ponto decisivo em favor do acesso às armas de fogo, sobre o qual não há uma reflexão do autor.
• 4) O autor sabe construir uma dissertação, mas, em função do quarto parágrafo, a estrutura dissertativa desta redação em particular ficou prejudicada: o autor apresenta três premissas para chegar a uma conclusão que só leva em conta duas delas.
• 5) Embora bastante genérico, o parágrafo final é coerente com os requisitos da última competência. Fica, portanto, no meio do caminho entre uma pontuação insuficiente e uma boa.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
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