REDAÇÕES CORRIGIDAS - Setembro/2016 Você faz parte da turma do "eu me acho?"
Mimados no passado e infelizes no futuro
Em qualquer lugar é possível encontrar pessoas que fazem parte da turma do “eu me acho”. Não raro, elas fazem parte da nossa família e do nosso cotidiano. Basta um olhar minucioso para conseguir identificar algum indivíduo que faça parte desse grupo. Eles se reúnem em lugares comuns como praças e parques, e só dão atenção a si mesmo mesmos – algo que eu jamais faria. Se consideram Consideram-se autossuficientes, e por esse motivo autossuficientes e, por esse motivo, criam o chamado isolamento social.
Isso acontece por diversos motivos, os principais são: riqueza (se consideram superior consideram-se superiores por possuírem bens aquisitivos materiais), tratamento especial exagerado por parte da família (faz com que o indivíduo pense que deve ser tratado da mesma forma em qualquer lugar), e até por serem considerados pessoas de boa aparência física (com isso isso, o ego delas faz com que se sintam ainda mais especiais). Ao analisar essas características fica claro que não me encaixo nesses padrões.
O resultado disso aparece nitidamente na fase adulta. Quando precisam se distanciar da família, conseguir um emprego e serem responsáveis por si mesmo mesmos. Como esse grupo foi “amaciado” a vida toda, terão terá dificuldades de aceitar críticas, precisarão precisará de muito tempo para se adaptar na sociedade, vão vai se frustrar com o mundo por isso, e poderão poderá até desenvolver uma depressão por conta de tantos problemas e por seu psicológico não estar preparado pra esse tipo de resposta do mundo.
Portando Portanto, é evidente pra mim que não faço parte desse grupo, pois acredito que não faz sentido se isolar das pessoas que eles consideram “diferentes”, porque é com os “diferentes” que conseguimos aprender coisas novas, aprimorar nossos conhecimentos e, assim, nos tornar pessoas melhores
Comentário geral
Texto razoável, principalmente em termos de linguagem e estrutura. O maior problema é de conteúdo e pode ser constatado especialmente por meio dos aspectos pontuais.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: o texto começa com um paradoxo que não faz sentido e demonstra uma compreensão equivocada do tema a ser discutido pela redação. Existem mesmo reuniões frequentes de narcisistas e egoístas em praças e parques públicos, como se formassem uma espécie de clube? É difícil de acreditar nisso. Até porque é de se perguntar: esses indivíduos se congregariam num grupo para buscar ou criar o isolamento social? Ora, quem quer se isolar, não vai sair se agrupando por aí. Infelizmente, o autor parece não se dar conta de quão contraditória é essa sua introdução.
2) Segundo parágrafo: aqui o problema é de forma, não de conteúdo. O autor faz uma enumeração das causas do narcisismo e as explica, à medida que as aponta, colocando essas explicações entre parênteses. Seria melhor introduzir esses motivos com a oração assinalada em vermelho e, depois, colocar dois pontos e destacar item por item. Assim:
Isso acontece por diversos motivos, os principais são:
– riqueza, consideram-se superiores por possuírem bens materiais;
– tratamento especial exagerado por parte da família, o que leva o indivíduo a pensar que deve ser tratado da mesma forma em qualquer outro lugar;
– boa aparência física, que os faz se sentirem ainda mais especiais.
Além disso, ao terminar a enumeração, o autor diz que fica claro o porquê de ele não se enquadrar na turma do "eu me acho". Não fica claro não! O autor precisaria dar uma explicação ao leitor, que não o conhece, dos motivos pelos quais ele acha não se enquadrar na referida turma. Do contrário, o leitor só pode pensar que o autor se acha pobre, feio e maltratado pela família. É isso mesmo que ele quer dizer?
3) Terceiro parágrafo: a) o resultado disso, gramaticalmente, se refere ao que ele acabou de dizer, ou seja, o fato de ficar claro que ele não se encaixa nesses padrões. Então, há um problema de continuidade ou de coesão textual. O autor estava falando do problema em geral, passou a falar de si e, sem usar nenhum dos recursos linguísticos coesivos, volta a falar do problema para os outros. b) O sujeito dos verbos que estão sublinhados é esse grupo. Então os verbos têm de ser flexionados no singular. c) psicológico é um adjetivo. Está sendo usado na linguagem coloquial como substantivo. Na norma culta, é melhor evitar isso. Melhor seria falar em sua mente, sua psicologia, sua personalidade.
4) Quarto parágrafo: aqui, sim, o autor deixa claro por que lhe parece evidente não pertencer ao grupo do "eu me acho". E conclui bem o texto insinuando como se afastar do narcisismo.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
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