REDAÇÕES CORRIGIDAS - Junho/2019 Universidade em crise: quem paga a conta?
O de cima sobe e o de baixo desce
Diante da decadência educacional que se espalha pelo Brasil, devido à má administração oriunda do pelo governo federal, fica claro que é bem provável que jovens de áreas periféricas a partir de agora terão mais dificuldades do que o comum para poder ingressar em universidades e institutos federais e, além disso, as falhas lacunas na política de cotas atual do Brasil prova provam que os mais privilegiados educacionalmente continuarão tendo acesso a à educação.
Em 2016, a USP aprovou apenas 34,6% dos alunos de escola pública, sendo que apenas 2,1% se referem a estudantes pretos, pardos ou indígenas (PPI). Com o congelamento de verbas para as redes federais de ensino, fica claro que estudantes de escolas particulares terão maior facilidade para entrar, uma vez que a vagas serão menores e a concorrência irá aumentar, aqueles que carregam uma maior bagagem educacional terá terão uma maior destreza para ingressar em tais institutos.
Na A atual portaria da política de cotas atual do Brasil, mostra que Brasil mostra que, para se ter direito as às cotas de escola pública, diz que para ter direito, o aluno deve ter estudado no mínimo três anos em escola pública, o que faz muitos pais tirarem os filhos que estudaram toda a vida acadêmica em instituições privadas, para colocá-los em escola públicas no ensino médio. Uma família que a vida inteira pagou educação privada, tem privada tem totais condições de contribuir com a universidade, e não tem motivos para querer tirar a vaga de alunos de escola pública.
Diante dos fatos apresentados, é essencial que o governo crie maneiras de fazer melhorias das nas políticas de cotas de universidades, mudando para maneiras mais rígidas de identificar pessoas com necessidades reais de estar lá.
Comentário geral
Texto mediano, seja no nível de linguagem, seja no de raciocínio. Talvez seja justamente a falta de exatidão na linguagem que contribua para comprometer os raciocínios. Outra coisa: o título é informal demais em relação à linguagem do próprio texto.
Competências
- 1) Há muitos erros de gramática, ambiguidades e confusões. Por exemplo das confusões, quando o autor fala em "jovens de áreas periféricas", ele quer dizer jovens pobres, que podem se originar tanto nas áreas mais periféricas do país, quanto da periferia das grandes cidades. Então, é melhor ser claro. Não é errado nem ofensivo falar em pessoas pobres. Há outras expressões imprecisas como "congelamento para redes federais de ensino", que, na verdade, foi um contingenciamento de verbas para as universidades federais. As vagas, também, não "serão menores". É o número de vagas que pode ser menor.
- 2) Há compreensão do texto e um esforço para a produção de um texto dissertativo-argumentativo, mas seja por imprecisões linguísticas ou conceituais, o texto não passa do nível mediano.
- 3) A argumentação é fraca: por exemplo, o autor acusa o governo atual, mas a política de cotas vem de governos anteriores. Os estudantes de escola paga não "terão mais facilidade para entrar" nas federais, porque já têm essa vantagem atualmente, como o autor mesmo mostro com o exemplo da USP. Essa história de que quem pode pagar tira os filhos da escola particular no colegial para entrar com cotas pode até ser genuína, mas o autor precisa comprovar isso, pois não se trata de fato público e notório. Em suma, o autor tenta estabelecer uma relação de causas presentes com efeitos futuros que não chegam, formalmente, a convencer o leitor em termos de lógica.
- 4) O texto é suficientemente coeso, mas precisa melhorar, com o uso de recursos linguísticos que estabeleçam melhor a relação entre os fatos apresentados.
- 5) A conclusão se atém só à política de cotas (e de modo muito vago), quando o autor também já tinha concordado em que os alunos com recursos devem pagar a universidade.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
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