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REDAÇÕES CORRIGIDAS - Fevereiro/2016 A tecnologia e a eliminação de empregos

Redação corrigida 350

O desemprego estrutural nos dias de hoje

Inconsistente Erro Correção

É correto afirmar que nos próximos anos do futuro próximo, alguns empregos empregos, como o de montador de carros ou mesmo o de enfermeira enfermeira, serão extintos. Isso se deve tanto à falta de qualificação profissional adequada das pessoas sobretudo também na gigantesca evolução da tecnologia que sempre se renova.

Um professor da Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação, Hélio Waldman, numa entrevista cedida para a Universidade de Campinas-SP, nos faz entender que o desemprego atual é comumente relacionado com a tecnologia, porém, uma população sem o mínimo de qualificação ou estudos em áreas específicas dificulta, e muito, os avanços da própria tecnologia no país e na a diminuição do desemprego. Certamente, é indispensável relembrar que que, no Brasil, a atuação de grandes empresas que trabalham com a alta tecnologia é quase que imperceptível e inexistente e é por isso que por muitos anos ainda veremos a etiqueta Made In China nos nossos televisores ou super-computadores supercomputadores.

Nesse sentido, estudos feitos pela Faculdade de Oxford, nos Estados Unidos em 2013, revelaram que cerca de 47% dos empregos nos EUA perderiam espaço para a robótica nos próximos anos. Um ano mais tarde, em 2014, o mesmo grupo de pesquisadores constataram que que, no Reino Unido, cerca de 32% dos empregos mais simples seriam extintos do país. É uma situação de para se preocupar, tendo em vista não somente o aumento do desemprego desemprego, mas também todo o distúrbio social que pousará sobre o mundo todo. Vale ressaltar também que que, segundo estudos realizados pelo Fórum Econômico Mundial, na Suiça Suíça, em Janeiro janeiro deste ano, revelam que cerca de 7,1 milhões dos empregos no mundo não existirão mais nas próximas décadas nos grandes centros mundiais.

Sendo assim, o governo federal juntamente com os Governo Federal, os Estados e Municípios deverão se preparar para o fato do desemprego estrutural em nosso território. Sabemos que é necessária a atuação de políticas públicas que engajem no aperfeiçoamento industrial e tecnológico de nossa população são necessárias políticas públicas voltadas para o desenvolvimento educacional e profissional de nossa população. É preciso também que os grandes meios de comunicação em massa se sensibilize sensibilizem e que estimule estimulem nas pessoas o desejo de se qualificar e de se de conhecer a tecnologia.

Comentário geral

Texto fraco. O autor se limita a apresentar, com as suas palavras, os fatos expostos na coletânea, sem deles extrair nenhuma reflexão pessoal. Na verdade, nem ao menos chega a conectá-los, como ocorre no segundo e no terceiro parágrafo, em que ele passa da situação nacional para a internacional, sem relacionar ambas as situações. Além disso, em termos de conteúdo, o autor dá muito peso à qualificação profissional, sem entender que a informática e a automação ameaça também profissionais qualificados, do que decorre também que sua conclusão deixa a desejar. De resto, há muitos problemas de linguagem, que ajudam a puxar a nota para baixo.

Aspectos pontuais

1) Primeiro parágrafo: a) o texto se abre com essa redundância desnecessária: próximos anos do futuro próximo. Ou se fala em próximos anos ou se fala em futuro próximo. b) O parágrafo termina desrespeitando a sintaxe, com uma declaração que, por isso mesmo, é confusa. Em termos de conteúdo, também, o autor dá mais peso à qualificação profissional do que à evolução da tecnologia, esta, sim, o tema da redação.

2) Segundo parágrafo: é óbvio que algo que não existe não pode ser percebido e, portanto, é imperceptível, já que inexistente. Mas há aqui um equívoco em termos de fato. Não é verdade que o Brasil seja o desastre tecnológico que o autor afirma. Há setores em que o Brasil tem, sim, tecnologia de ponta. Em outros, não. Enfim, os fatos são bem mais complexos do que dá a entender a perspectiva simplista do autor.

3) Terceiro parágrafo: a) Oxford não fica nos Estados Unidos, mas na Inglaterra. b) Uma frase como distúrbio social que pousará sobre o mundo todo apresenta uma escolha e combinação de vocabulário que chega a ser surrealista. Distúrbios sociais não são pássaros ou aviões para pousarem em qualquer lugar! Por que não usar a linguagem corrente e falar em distúrbios sociais que vão afligir o mundo todo? c) A seguir, o autor precede o sujeito da frase, que é estudos, com a preposição segundo, e o resultado é mais um tropeço na sintaxe. Não se diz Segundo estudos revelam que, mas estudos revelam que... Ou então: Segundo estudos do Fórum Econômico Mundial, cerca de 7 milhões de pessoas perderão seus empregos.

4) Quarto parágrafo:  mais um salto do panorama internacional para o nacional: o parágrafo anterior fala de problemas em outros países e este joga a solução para o Governo Federal brasileiro. O que o Governo brasileiro poderá faser quanto ao desmprego nos EUA ou no Reino Unido?

Competências avaliadas

As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Título nota (0 a 1000)
Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 100
Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. 100
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 50
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. 50
Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. 50
Nota final 350

Redações corrigidas

Título nota (0 a 1000)

Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.

Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.

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