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REDAÇÕES CORRIGIDAS - Julho/2016 Escravizar é humano?

Redação corrigida 550

O grande mal da escravidão

Inconsistente Erro Correção

Historicamente, o Brasil possuia possuía há várias décadas um regime escravocrata, que visava a total exploração de um povo em busca de um maior lucro econômico. Mesmo depois da assinatura da Lei Áurea Áurea, a escravidão continua e segundo estatísticas da Fundação Walk Free Free, o números de pessoas sujeitas a algum tipo de escravidão moderna é gigante, deixando para a sociedade a seguinte reflexão: Será possível se livrar desse mal algum dia?

No século XVIII os escravos eram predominantemente negros, nos dias atuais são pessoas de diversas etnias e nacionalidades, que são privadas de sua liberdade para trabalharem de um jeito totalmente exploratório, em lugares sem condições adequadas. Isso ocorre tanto na zona rural como na urbana, como é o caso dos imigrantes bolivianos que vêm para o nosso país para trabalharem na indústria de confecções têxteis trabalhar na indústria têxtil e são obrigados pelos seus patrões a cumprirem longas jornadas de trabalho, além de sofrerem humilhações.

Entre as principais causas para a ocorrência do trabalho escravo escravo, está a desigualdade social. Pessoas sem qualificação profissional e que não encontram oportunidades de empregos acabam nessa degradante situação, muitas vezes enganados por falsas promessas. Vários trabalhadores acabam virando tornam-se reféns de seus chefes empregadores e são impedidos de ter o seu livre arbítrio livre-arbítrio, algo que o filósofo Adam Smith abordou em sua obra obra, ao falar que a escravidão era contraproducente, pois homens livres trabalhavam mais e melhor. Fica explícito assim explícita, assim, a necessidade de reverter essa situação que afeta muitas vidas.

Portanto, deve-se procurar diminuir a desigualdade socioeconômica. O governo Governo federal deve investir em educação, assistência social e juntamente com a mídia, veicular propagandas que alertem sobre os perigos da escravização humana. Fiscalizações intensas devem ser realizadas nas empresas e cooperativas, afim a fim de coibir essas práticas e as punições devem ser mais rígidas para quem pratica esses atos, pois somente aplicando essas medidas conseguiremos minimizar essa realidade e quem sabe um dia poderemos extinguí-la extingui-la.

Comentário geral

Texto regular, com problemas pontuais graves, que se salva por apresentar, de fato, uma compreensão do tema e uma estrutura dissertativa, com argumentos razoáveis em defesa de um ponto de vista, quando considera a escravidão moderna um efeito da desigualdade social. No entanto, não há sugestões para resolver essa desigualdade, que é, segundo o autor, a própria a causa da escravidão contemporânea. Em termos de conteúdo, a noção de escravidão que se depreende do texto deixa de lado o aspecto essencial do problema: os trabalhos forçados sem remuneração.

Aspectos pontuais

1) Primeiro parágrafo: o texto começa com uma frase incorreta e confusa. O autor quis dizer que vigorou no Brasil um regime de trabalho escravocrata, da Colônia ao Império, períodos da história do Brasil dos quais estamos afastados a séculos e não décadas. Além disso, o texto situa a escravidão moderna exclusivamente no Brasil, deixando de lado que o problema é mundial. De resto, quando se fala em um número gigante, fala-se de algo que pode ser interpretado de maneiras diferentes. Era melhor citar números concretos, que estão disponíveis na coletânea que informa a proposta de redação. A pergunta que encerra o parágrafo demonstra a interpretação correta do tema. É um ponto positivo.

2) Segundo parágrafo: a) Persiste o erro histórico. A escravidão não ocorreu somente no século XVIII. b) O autor se repete, falando em modo totalmente exploratório e lugares sem condições adequadas. Falta explicar o que ele entende por essa exploração total em termos concretos. De resto, a situação dos escravos modernos é muito pior do que o autor dá a entender: as condições são desumanas e degradantes. c) A longa jornada de trabalho e as condições humilhantes são parte do problema, mas a questão essencial é o trabalho forçado e sem remuneração.

3) Terceiro parágrafo: a divagação sobre o livre-arbítrio e sobre a comparação entre trabalho livre e escravo, com a citação de Adam Smith, não tem finalidade na argumentação e até complica a questão. Se o trabalhador livre é mais produtivo do que o escravo, por que a escravidão persiste? Já que colocou essa questão, o autor precisaria respondê-la.

4) Quarto parágrafo: a) Não se alerta sobre os perigos da escravização, da mesma maneira que se alerta sobre os perigos do uso de tabaco ou de álcool ao volante. De resto, a escravidão é um crime, que exige punições severas, mais do que esclarecimentos sobre o tema. b) É difícil acreditar que cooperativas usem trabalho escravo por que o cooperativismo é uma associação voluntária de trabalhadores. c) Essa repetição de prática e de quem pratica tais atos poderia facilmente ser evitada e a frase racionalizada. Bastava falar em coibir essas práticas e punir os responsáveis por elas.

 

 

Competências avaliadas

As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Título nota (0 a 1000)
Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 150
Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. 150
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 50
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. 100
Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. 100
Nota final 550

Redações corrigidas

Título nota (0 a 1000)

Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.

Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.

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