REDAÇÕES CORRIGIDAS - Julho/2019 A ciência na era da pós-verdade
O imediatismo como fator de risco
A internet vem tornando-se cada dia menos um espaço restrito e o número de usuários só tende a aumentar. No entanto, esse recurso traz consigo algumas adversidades, se não usado com cautela. Simultaneamente, ingressam nesta nessa vasta rede pessoas, e inclusive algumas instituições, a fim de propagarem desinformação, boatos e notícias caluniosas em troca de um clique alheio. Mas como essas estratégias impactam a sociedade?
Apesar dos inúmeros progressos que a ciência obteve nos últimos séculos, com uma metodologia clara e objetiva, ainda sim ainda é possível observar indivíduos com posicionamentos extremamente negacionistas. Decerto, a problemática mais se agravou com a expansão das redes sociais, sendo estas essas agora as principais fontes de informação. Indubitavelmente, outro problema analisado seria a falta de interesse e estímulos a fontes mais fidedignas, que que, como citado anteriormente, perderam oportunidades e permanecem em segundo plano.
Contudo, o fraco comprometimento com a verdade por parte dos usuários é apenas um agravante, junto com o ímpeto do compartilhamento precipitado. Os criadores de conteúdo pseudocientífico, menção ao movimento antivacina e terraplanistas, trazem danos irreparáveis à sociedade; como a volta de doenças quase que totalmente erradicadas e, sobretudo, mortes. Portanto, o questionamento cego, ausente carente de embasamento e empírico é uma ameaça gravíssima ao bem-estar social e um retrocesso de anos de em pesquisas meticulosamente formalizadas.
De fato, a era da informação está sendo uma das mais afetadas pela infindável leva de ignorância. Caberá, pois, aos veículos de comunicação mais acessíveis à população, a elaboração de campanhas e incentivos a um comportamento virtual prudente, junto ao lado de questionamentos acerca das fontes provenientes fontes de uma determinada matéria. Nesse aspecto, o trabalho da perícia cibernética é imprescindível, com o objetivo de investigar possíveis disseminadores de conhecimento ilusório, bem como seus autores.
Comentário geral
Texto bom, com problemas de linguagem consideráveis e uma argumentação desorganizada. Quem lê o título fica à espera de um desenvolvimento mais aprofundado da ideia de que o imediatismo é um fator de risco na disseminação de informação anticientífica, mas não é nisso que o texto está centrado.
Comentário geral
- 1) Há vários problemas de linguagem, como o uso de um vocabulário inadequado que prejudicam a clareza do texto. Por exemplo, logo no início do texto, o autor faz rodeios para dizer simplesmente que o número de usuários da internet aumenta a cada dia. Chama, incorretamente, isso de "recurso". Diz que a ciência tem uma metodologia "clara", o que não é verdade, a metodologia científica é cada vez mais sofisticada e complexa. Refere-se a "fontes anteriormente citadas" que não foram mencionadas em nenhum momento anterior da redação.
- 2) O autor compreendeu o tema e desenvolveu-o de modo dissertativo-argumentativo, num texto consistente, que poderia melhorar se o autor fosse mais organizado.
- 3) A argumentação é confusa, a partir do título, que aponta um problema que deveria ser o principal (já que está no título), mas que ocupa um lugar secundário no desenvolvimento. Não há uma hierarquia nos argumentos. Colocar o movimento antivacina e o terraplanista num mesmo patamar em termos de danos à saúde não faz muito sentido. Se não tomar vacina pode levar a epidemias de doenças já extintas, o mesmo não acontece com o fato de se acreditar que a Terra é plana.
- 4) Apesar das dificuldades da competência 1, o autor sabe encadear os parágrafos de modo a seguir o esquema discursivo de uma proposição, uma argumentação e uma conclusão.
- 5) O autor atribui um papel aos meios de comunicação tradicionais superior ao que lhes é possível desempenhar. No que se refere à "perícia cibernética", a sugestão parece ser de censura.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
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