REDAÇÕES CORRIGIDAS - Março/2019 Cantar ou não cantar o hino nacional? Eis a questão...
O nacionalismo é o fim, mas esse é o meio?
Hayek, economista da escola austríaca, acreditava haver distinção entre as ideias de lei e legislação, sendo a primeira o que é imposto pela sociedade e a segunda pelo estado. Recentemente, o MEC enviou o pedido de que ocorresse o canto do hino nacional brasileiro nas escolas escolas, em frente a à bandeira, uma lei que existia, porém não era aplicada. Além disso, utilizou o slogan do atual presidente "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos". É notória a irrelevância da aplicação dessa lei formal, tendo em vista uma sociedade que não segue ideais nacionalistas e a desqualificação do pedido, devido a à violação do Artigo 5 da constituição Constituição de 1988.
O povo é para a lei, assim como é a Massa para a Força na física, seguindo física. Seguindo essa analogia, quanto mais pessoas se dispõem a lutar por algo, mais isto se prova significante. Assim, segue-se um ideal de máxima felicidade, o bom é o melhor para a maioria, nessa maioria. Nessa situação, há uma imposição - as crianças devem cantar o hino nacional em frente a à bandeira - de uma obrigação a se seguir, pois não integra as leis consuetudinárias, logo, peca quanto aos direitos civis que buscam tratar da liberdade de escolha [s.i.c].
Na mensagem do MEC, Ministério da Educação, o slogan do atual presidente do brasil Brasil, era integrado a à mensagem, "O Brasil acima de tudo, Deus acima de todos". Esse Slogan slogan deixa claro, as claras as ideias nacionalistas e também a centralização da fé, que nesse ponto é contrário ao que consta no Artigo 5 da constituição de 1988, liberdade de escolha da fé, o país é laico, ou seja, o estado não pode utilizar nenhuma religião para que o represente ou para que reprima outras crenças.
Portanto, apresenta-se de forma importante uma reavaliação do pedido, pois não se mostra relevante da forma que sugere a aplicação. O MEC, deve MEC deve apresentar pedidos de desculpas e e, caso o ideal, seja ideal seja adorar o patrimônio nacional, que seja implementado em uma educação interdisciplinar entre o valor brasileiro e disciplinas, como: História, geografia, literatura e artes. Ou seja, que o nacionalismo venha acompanhado de avanços na educação, implementados na ementa acadêmica. Assim, a educação melhora e o conhecimento sobre o valor do país também.
Comentário geral
Texto mediano, marcado por uma grande obscuridade. O autor confunde linguagem formal com uma suposta demonstração de erudição e se expressa num tom professoral, como se fosse o dono de uma verdade esotérica que não deve ser entendida pelos não iniciados.
Competências
- 1) A linguagem é obscura e confusa, quase solipsista. O leitor consegue compreender as ideias do autor, mas só depois de ultrapassar a barreira da obscuridade e da confusão. Ainda assim, a inadequação do vocabulário resulta em equívocos conceituais que tornam as frases também ambíguas. A impressão que fica é que o autor quer impressionar o leitor com citações e dificuldade estilística, para dar a impressão de que está fazendo profundas reflexões, quando o que ele diz, no geral, é bem simples.
- 2) O autor não se limitou à proposta, que era sobre o ato de cantar o hino nacional nas escolas, algo instituído por diversas leis desde a década de 1930. Preferiu centrar sua atenção sobre o e-mail do ministro e sobre o slogan de campanha, dedicando o terceiro parágrafo a essa questão, que é secundária em relação ao tema.
- 3) O fato de a linguagem ser obscura não prejudica necessariamente a argumentação. Mas, aqui, os equívocos e confusões conceituais mal deixam o leitor entrever o raciocínio do autor. Ele começa com a distinção de Hayek entre lei e legislação, dizendo que essa última emana do Estado. No entanto, passa a falar de apenas lei que, segundo a distinção apresentada, emana do povo. Ora, a imposição do canto do hino nacional nas escolas vem do Esatdo e não do povo. Há diversos equívocos, como falar em "leis consuetudinárias", pois o direito brasileiro não é consuetudinário. Há uma incompreensão do termo "nacionalismo", que parece ter sido usado no sentido de patriotismo, mas os dois termos designam coisas diferentes. "Centralização da fé" é uma expressão inadequada para o que o autor quer dizer, ou seja, que o slogan fala em Deus e não deve ser empregado pelo Estado, que é laico. Há ainda frases que, pela escolha e combinação do vocabulário, não fazem sentido, como a que dá início ao último parágrafo.
- 4) Há um esforço grande para tornar o texto coeso, para dar-lhe unidade, apesar do esquematismo dos parágrafos, que reduzem a dissertação a uma espécie de demonstração de um teorema. De qualquer modo, é isso que revela que o autor tem noção do que seja a construção de uma argumentação e impede que a pontuação deste quesito seja mais baixa.
- 5) Falar em "adoração do patrimônio nacional" é um completo mal entendido. Daí que uma proposta para atingir esse fim não faça o mínimo sentido. O que se salva nesta competência é o que se subentende da linguagem imprecisa e obscura do autor. Ou seja, não basta cantar o hino, é preciso contrabalançar isso com ações educativas.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
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