REDAÇÕES CORRIGIDAS - Agosto/2015 Forma física, corpo perfeito e consumismo
O "padronizado" sacrifício
Atualmente, vivemos em uma ditadura de padrões estéticos. Que estéticos, que leva uma generosa parcela da sociedade a se submeter a variados tratamentos em prol da aparência. Recentemente, a mídia tem relatado vários casos preocupantes a respeito desse assunto, envolvendo vítimas de complicações e rejeições a estes esses tipos de tratamento. A importância de um tema tão notório estimula uma reflexão a cerca acerca dos limites saudáveis que margeiam a preocupação com a forma física e a estética.
Primeiramente, cabe uma análise a cerca acerca das questões sociais e psicológicas que estimulam esse tipo de comportamento obsessivo com relação ao corpo, pela sociedade. “O culto ao belo” não é uma prática contemporânea. Surgiu há muitos anos atrás anos, com influencia influência de pintores e artistas que utilizavam a beleza (tanto estética como relacionada a classes sociais, como títulos de nobreza e possessões), principalmente a feminina, como forma de idealização e lirismo. Desde aqueles tempos até hoje, a sociedade busca sempre seguir um rótulo ou padrão, não apenas estético como também de vida (como se viver “plenamente” em sociedade).
Porém, atualmente, esse tipo de comportamento, já notório, veio a assumir proporções cada vez mais desequilibradas e obsessivas pela sociedade, a ponto de ultrapassar valores e por pôr em risco a própria saúde pessoal. O culto ao corpo passou a se tornar uma forma de padrão necessário, não mais meramente idealizado, e para atingi-lo vale tudo, até mesmo submeter-se a cirurgias estéticas, tratamentos, e medicamentos que ameacem em longo prazo o bem-estar humano. Isso, pois o bem-estar “aparente” é mais priorizado do que o psicológico ou legitimo legítimo, e através dessa forma exibicionista de convivência social, constroem-se relações cada vez mais egocêntricas e superficiais. Essa nova forma de “encaixar-se” socialmente contribui para a insegurança e constante insatisfação pessoal (pois é provável que dificilmente improvável que se atinja o padrão esperado) e esses dois sentimentos negativos juntos, contribuem muito para o enriquecimento da grandiosa indústria consumista que existe por detrás de toda essa “tendência” contemporânea.
E visto isso, é de extrema importância a manutenção de veículos que visem a conscientização social a respeito do tema. Para que, progressivamente, se venha venham a disseminar as ilusões e contradições que existem no padrão atual que idolatra a estética física, e lentamente destrói a saúde, não apenas fisiológica, mas também mental.
Comentário geral
Texto bom, pejudicado pela prolixidade, o autor deveria procurar ser mais sintético. De qualquer modo, é sem dúvida uma dissertação argumentativa, com argumentos válidos e pertinentes. Os problemas que chamam a atenção são apenas pontuais.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: a) Por generosa, o autor quer dizer grande. Metaforicamente, é possível usar a palavra generosa no sentido de grande, mas aqui não é o lugar de usar metáforas. A objetividade de uma dissertação exige palavras usadas em seu sentido literal. b) soa redundante falar em importância e notoridade. Bastava dizer: a importância do tema estimula uma reflexão...
2) Segundo parágrafo: não fica suficientemente claro o que o autor quer dizer com a frase em vermelho e como ela se relaciona com a busca do corpo ideal.
3) Terceiro parágrafo: o autor insiste em usar desnecessariamente a palavra notório.
4) Quarto parágrafo: aqui o autor derrapa feio no uso do vocabulário: a) manutenção de veículos é uma expressão mais adequada a oficinas mecânicas... b) Não se trata de disseminar (= difundir, propagar...), mas de denunciar as ilusões e contradições.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
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