REDAÇÕES CORRIGIDAS - Março/2016 Carta-convite: discutir discriminação na escola
Orientação Indispensável
O caso Realengo, onde em que um jovem invadiu e atirou em inocentes, na escola onde sofreu bullying, mostrou a importância de se manter uma infância livre de discriminações. Hoje, observamos, portanto, que é fundamental discutir o preconceito nas escolas, pois o combate ao mesmo deve ser constante.
Em primeiro lugar, iremos destacar como o jovem é influenciado pela sua educação. Segundo o filósofo grego e matemático filósofo e matemático grego Pitágoras, devemos educar as nossas crianças para não termos que punir os nossos adultos, atualmente, adultos. Atualmente, diversas atitudes preconceituosas (como apedrejamento de “infiéis” ou surra em homossexuais) comprovam tal afirmativa. É preciso, portanto, que a mudança comece cedo.
Em segundo lugar, apontamos para a a importância da discussão no combate à discriminação. O preconceito é filho da ignorância, e ignorância e, segundo Platão, é o embate de ideias que leva a um novo conhecimento. Logo é preciso levar em consideração que somente através do diálogo esse problema será resolvido.
Fica claro, portanto, que embora seja necessário o debater o preconceito nas escolas, o mesmo deve ser constante e cauteloso, pois a mente de uma criança é facilmente influenciável. É necessário que o governo melhore, nos próximos anos, a educação de base e crie um plano de educação que aborde a questão dos direitos humanos com neutralidade.
Comentário geral
Ressalve-se de antemão que o texto não cumpriu a proposta de escrever uma carta-convite, o que poderia acarretar um zero. Como a avaliação do Banco de Redações visa a ensinar, sem reprovação ou aprovação, vamos limitar o zero à competência 2 e comentar a redação mesmo assim. Ela é razoável, tem uma estrutura dissertativa, embora lhe falte coesão, e discute tolerância e preconceito. Isso e uma linguagem clara são seus pontos positivos. Infelizmente, problemas pontuais se somam ao fato de descumprir a proposta e puxam a nota para baixo.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: o autor começa comentando o bullying para situar o preconceito e a tolerância no âmbito escolar. Mas não é o bullying que deve levar a discutir o preconceito na escola. O bullying pode ocorrer independentemente dos preconceitos, especialmente da homofobia, que era o tema da redação. Então, além de não se incluir no gênero carta, a redação também extrapola o tema proposto.
2) Segundo parágrafo: o que o autor chama de atitudes preonceituosas são na verdade ações violentas contra pessoas diferentes. Mas o fato de essas ações acontecerem não prova que não se discutiu o preconceito na escola. A realidade é mais complexa. O combate ao preconceito não precisa se limitar ao ambiente escolar. E não é obrigatório ter sofrido bullying na infância para ser preconceituoso. Por exemplo, o filho de pais preconceituosos pode vir a ser preconceituoso devido à influência familiar.
3) Quarto parágrafo: a) Veja como não usar incorretamente a palavra mesmo aqui. b) Entende-se que o combate deve ser constante, mas por que cauteloso? Cauteloso em que sentido? Do jeito que está, o texto é ambíguo. c) Não é um erro, mas a língua tem recursos para evitar repetições da mesma palavra. d) Mais uma vez: neutralidade, como assim?
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
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