REDAÇÕES CORRIGIDAS - Outubro/2018 Patrimônio histórico e cultural brasileiro: um caso de descaso
Os Desafios em Preservar a Cultura no Brasil
Com a chegada da Corte ao Rio de Janeiro em 1808, o avanço da arte e da ciência no país foi significativo. Foram construídos diversos teatros, universidades, o jardim botânico Jardim Botânico e o palácio onde residia a família real, hoje mais conhecido como o Museu Nacional. No entanto, um dos grandes desafios que o país enfrenta na atualidade, é atualidade é sobre como conservar esses patrimônios históricos esse patrimônio histórico, pois a falta de investimento pelas autoridades e a desvalorização da arte pela sociedade implicam em perdas irreparáveis para a história do Brasil.
“O que faríamos sem uma cultura?”, a Filósofa pergunta a filósofa Mary Midgley deixa explícito que para quem, sem uma história, o homem não teria uma identidade, pois é a cultura que o define. Entretanto, há um entrave com relação à preservação dessa da história e à cultura de uma nação. Observa-se um total descaso por parte do poder público para com os patrimônios históricos brasileiros patrimônio histórico brasileiro. A falta de verba para manutenção desses patrimônios culturais geram gera perdas irrecuperáveis ao país, um país. Um exemplo disso foi o incêndio no Museu Nacional localizado no Estado do Rio de Janeiro, no qual acarretou em 90% de perda que destruiu cerca de 90% do seu acervo.
Em adição, vê-se pouco interesse da população pela arte e pela ciência, transformando os museus e galerias em locais vazios, pouco visitados. O indivíduo está tão “amarrado” às tecnologias atuais, que opta por aprender sobre a história de seu país visualizando a tela de um aparelho celular ao estar literalmente celular, em vez ir para onde tudo começou, onde a história foi criada. Nesse contexto, percebe-se que, juntamente com o descaso do poder público, está a desvalorização da arte pela sociedade, no qual liga intrinsecamente às grandes perdas nacionais.
Portanto, faz-se imprescindível que o Governo preste mais assistência à a esses patrimônios, concedendo mais verbas para o desenvolvimento da cultura e para reforma dos museus, diminuindo, assim, as perdas históricas no país. Igualmente, é necessário que o Ministério da Educação, em parceria com as escolas, proporcione às crianças e adolescentes visitas frequentes aos museus de arte, ampliando o conhecimento do indivíduo desde os primeiros anos de sua vida e valorizando a história e cultura do Brasil.
Comentário geral
Texto regular, mal estruturado, pouco coeso, com muitas digressões principalmente nos dois primeiros parágrafos. Nota-se que o autor entendeu o tema e tentou argumentar para explicar o descaso com o patrimônio histórico, embora um dos argumentos seja bastante questionável. De resto, o texto é superficial em termos de conteúdo e a falta de coesão deixa a linha de argumentação implícita.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: há vários equívocos históricos aqui, que não se pode deixar de apontar: não foram construídas universidades e nem o palácio, que já existia e foi cedido à família real. O palácio também não se tornou mais conhecido como Museu Nacional: ele passou a sediar o Museu. Nada disso seria grave, se essa introdução histórica equivocada tivesse importância para o desenvolvimento do tema, mas não tem. A introdução do texto começa, de fato, na frase “um dos grandes desafios”.
2) Segundo parágrafo: a) igualmente, a pergunta da filósofa está solta no texto. O autor deveria usá-la para justificar a importância dos museus, depois de afirmar que há descaso com eles no Brasil. Aliás, não se está falando de “uma nação” indeterminada, mas do Brasil. b) Patrimônio significa um conjunto de bens. Não é necessário usar a palavra no plural, o que gera ambiguidade: de que patrimônios específicos se trata? Fora isso, o autor ainda mistura mais as coisas ao falar primeiro em patrimônio histórico e depois em patrimônio cultural, como se ambos fossem diferentes entre si.
3) Terceiro parágrafo: a) esse argumento do desinteresse da população é muito parcial, é uma generalização muito difícil de comprovar. É lógico que um museu nunca terá o público de um estádio de futebol, mas existem muitas exposições que fazem sucesso, em museus de diversas cidades do Brasil. b) a última frase tem sintaxe truncada e vocabulário inadequado, sendo agramatical.
4) Quarto parágrafo: não se trata de diminuir, mas de evitar esses desastres.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.
Copyright UOL. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução apenas em trabalhos escolares, sem fins comerciais e desde que com o devido crédito ao UOL e aos autores.