REDAÇÕES CORRIGIDAS - Dezembro/2016 Pós-verdade, opinião pública e democracia
Os males da falsa informação
A mídia e a internet são grandes aliadas na propagação de informações devida à agilidade informações, devido a sua agilidade, porém se o conteúdo a ser transmitido for falso, elas se tornam armas nas mãos de mentirosos. As pessoas que não possuem senso crítico são muito influenciadas por qualquer tipo de notícia.
Com o avanço da tecnologia tecnologia, as pessoas têm acesso muito rápido a diversos acontecimentos mundiais através de um clique. Muitos problemas aparecem em decorrência de uma informação distorcida ou mentirosa. O Brasil passa por um momento muito turbulento na política e muitas inverdades são divulgadas com a intenção de destruir a imagem de um político. Pode-se citar o que aconteceu com a ex presidente ex-presidente Dilma Rousseff, que teve sua imagem arruinada pela mídia e internet, como o seu governo já estava enfrentando sérios problemas de gestão, as falsas notícias que eram divulgadas, contribuíram divulgadas contribuíram para a sua saída da presidência.
Além disso, a maioria das pessoas não possuem possui capacidade de analisar e questionar os fatos apresentados, elas acreditam em tudo que leem. Os opositores aproveitam dessa condição e começam a divulgar falsas informações. Um exemplo disso foi o que ocorreu com a Deputada deputada Maria do Rosário, que recebeu diversas ofensas porque foi divulgado divulgada uma falsa notícia na internet em que ela defendia os bandidos e era contra a polícia. Apesar de já ter desmentido diversas vezes, seu nome ainda é citado por muitos, como a deputada que defende bandidos, tudo isso porque as pessoas não buscam se informar melhor, não procuram outras fontes e se deixam levar pela primeira notícia que leem.
Portanto Portanto, é preciso que os veículos que prestam informações apurem melhor antes de publicar uma notícia, principalmente as redes sociais, onde muitos acham que podem postar o que quiserem, mesmo que não seja verdade. É preciso que as pessoas questionem o conteúdo da informação e busquem por outros textos que relatam o tratam do mesmo assunto, para que assim saibam diferenciar o que é verdade e o que é mentira.
Comentário geral
Texto fraco. A linguagem deixa a desejar, sob o ponto de vista da clareza e da gramática. Chega a prejudicar o conteúdo, embora, nesse âmbito, existam equívocos conceituais e falta de argumentação, em especial quando o autor traz exemplos da política brasileira. Assim, ele diz que a deputada Maria do Rosário (PT) é vítima da falsa acusação de defender bandidos. Até aí, tudo bem. Mas por que essa acusação é falsa? O autor não diz, não apresenta nenhum fato conteste a acusação. Só diz que ela é falsa. Isso não basta para alguém poder avaliar se a acusação é falsa. Pode ser que seja falsa, mas, para convencer o leitor – e é esse o objetivo de uma dissertação –, é preciso apresentar argumentos.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: a) mídia é o conjunto dos meios de comunicação, inclusive a internet. Logo, não faz sentido falar em mídia e internet. b) A afirmação de que os meios de comunicação podem ser armas nas mãos de mentirosos é correta, mas deveria estar relacionada com a afirmação que vem depois, ao fim do parágrafo. As mentiras divulgadas por meios de comunicação podem iludir quem não tem senso crítico.
2) Segundo parágrafo: a) começa repetindo o que foi dito no anterior com outras palavras. b) A análise do impeachment é simplista ao lançar a culpa do processo às mentiras da mídia. Aliás, o autor comete um lapso ao dizer que a culpa é da mídia, mas o que governo já enfrentava problemas de gestão. Não terão sido os problemas de gestão que desencadearam a insatisfação popular? É ingênuo acreditar que, num país democrático, a imprensa como um todo tem tamanha capacidade de manipulação sobre os cidadãos. Aliás, a ideia de um golpe da mídia é uma ideia pós-verdade.
3) Terceiro parágrafo: a) começa manifestando um preconceito, o de que a maioria das pessoas é incapaz de analisar os fatos e formar uma opinião. O autor da redação tem o direito de se considerar mais esclarecido e acima da maioria, ao formular essa acusação. Mas o leitor não é obrigado a acreditar nele. Então, como se prova que a sua acusação é verdadeira? O ônus da prova cabe à acusação. b) É interessante e correto o autor apresentar exemplos do que lhe parecem acusações falsas, seja contra a ex-presidente, seja contra a deputada. Mas é preciso apresentar motivos, razões, de modo a convencer o leitor.
4) Quarto parágrafo: primeiro, os meios de comunicação eram mentirosos. Agora, são somente negligentes, ao não apurar a veracidade do que veiculam. Mas, mesmo supondo que o autor tem razão, quem publica coisas nas redes sociais é o público de um modo geral. Não há uma instância das redes sociais que obrigue os internautas a checar as informações que veiculam em suas postagens.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.
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