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REDAÇÕES CORRIGIDAS - Novembro/2015 Bandido bom é bandido morto?

Redação corrigida 400

"Osso duro de roer"

Inconsistente Erro Correção

"Violência gera violência". Tal ditado popular põe em análise um dos assuntos mais polêmicos da atualidade brasileira: será que o bandido, por mais perigoso que seja, mereçe merece ser julgado por meio da violência? Nesse sentido, é necessário necessária uma análise minuciosa dos aspectos que abordam o pós e contra os prós e os contras desse questionamento.

Se por um lado mais da metade da população concorda que isso é o correto a se fazer, por outro há quem diga que tal fato é contra os direitos humanos. A legislação brasileira alega que todo cidadão tem direito à vida, são raras as excessões desse direito civil. Portanto, além de ser criada uma “pseudojustiça” por parte de quem adere a à violência como juízo, também está cometendo um crime contra os direitos básicos de todo cidadão.

No filme Tropa de Elite, por exemplo, é abordado aborda o uso da violência como forma de fazer justiça. Hipocrisia é a denominação correta para esse tipo de mentalidade
: usar violência para combater a violência? Seria como praticar um ato ilícito para combater outro crime.

Face ao exposto, é necessário a compreensão da sociedade a sociedade precisa compreender que nenhum criminoso, por pior que seja, deve ser julgado conforme um juízo de valor, pois o condenado não deixa de ser cidadão quando vai à prisão, apenas cumpre a real justiça escrita na Constituição Brasileira. O problema, de fato, é a violência, e é possível combatê-la por meio de investimentos na educação, para que as crianças, consideradas o futuro da nação, cresçam com a mentalidade cidadã, de modo que fujam do mundo do crime. Além disso, investimentos em infraestrutura de qualidade, no mínimo, nas prisões brasileiras e também construções de presídios para mitigar a lotação são fundamentais para o Estado oferecer condições mais humanas àqueles que a sociedade condena com seu juízo de valor.

Comentário geral

O texto é muito confuso, pois o autor se expressa com muita dificuldade. Predomina a escolha de um vocabulário inadequado para dizer com objetividade o que se quer realmente dizer. O resultado são expressões equivocadas, trechos ambíguos e obscuros, enfim, equívocos que prejudicam a comunicação. Os dois parágrafos iniciais formam uma introdução excessivamente longa, composta de divagações. São os dois parágrafos finais que salvam a redação, pois neles o autor cumpre o objetivo de argumentar e apresentar soluções para os problemas.

Aspectos pontuais

1) O título é enigmático. O que o autor considera um osso duro de roer?

2) Primeiro parágrafo: a) a frase citada não é propriamente um ditado popular. Além disso, não é a existência dessa frase que põe em análise o assunto. O que o autor parece querer dizer é que a frase é um bom ponto de partida para discutir o tema. b) Não é o julgamento que recorre à violência. A violência, seja dos bandidos seja dos policiais, é anterior a qualquer julgamento. c) Bastava dizer: É necessário analisar os prós e os contras de uma resposta a essa questão.

3) Segundo parágrafo: a) isso o quê? Qual é o tal fato? Na verdade, o autor se refere à concordância com a frase “bandido bom é bandido morto”, no entanto, ele não a empregou nenhuma vez na redação. Então os pronomes, que deveriam se referir a um nome anteriormente mencionado, não se referem a nada. b) A lei não alega nada. A lei dispõe, estabelece, decreta... c) Do que o autor está falando quando diz que são raras as exceções ao direito à vida? Quais são essas exceções? d) O parágrafo termina de modo obscuro: o que significa aderir à violência como juízo? Talvez fazer justiça com as próprias mãos, mas o leitor não tem elementos para esclarecer a confusão.

4) Terceiro parágrafo: não é o fato de abordar o uso da violência que é problemático. O que o autor parece querer dizer é que o filme defende o uso da violência e que isso é uma hipocrisia. Mas, de resto, aqui há um argumento defensável, até certo ponto. Só que o autor o apresenta de modo genérico demais. A que ele se refere? Pensemos numa situação concreta: se bandidos atiram em policiais, estes não teriam o direito de revidar? Ora, o autor parece colocar a violência de quem fere a lei no mesmo patamar da violência de quem defende a lei, esquecendo que o Estado tem o direito e o dever de usar a violência na defesa do cidadão inocente, que é vítima da violência alheia. A polícia não pode abusar da violência, mas o uso da violência pela polícia é legalizado não só no Brasil, como também em todo o mundo.

5) Quarto parágrafo: o que o autor entende por juízo de valor só ele saberia explicar. Do jeito que usou no texto, a expressão simplesmente não faz sentido.

Competências avaliadas

As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Título nota (0 a 1000)
Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 100
Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. 100
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 50
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. 50
Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. 100
Nota final 400

Redações corrigidas

Título nota (0 a 1000)

Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.

Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.

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