REDAÇÕES CORRIGIDAS - Fevereiro/2018 Pena de morte: o Brasil deve adotá-la? Por quê?
Pena de morte: uma demanda injustificável
Com o crescente aumento dos índices de criminalidade, sobretudo nos grandes centros urbanos, tem emergido um mar de vozes reivindicando a aplicação da pena de morte no Brasil, uma questão ultra muito polêmica, que necessita de uma análise ética e moral.
A declaração Declaração universal dos direitos humanos garante a qualquer indivíduo o direito inviolável a à vida, logo a aplicação deste desse tipo de pena demonstraria um enorme retrocesso ante as conquistas humanitárias garantidas desde o final da segunda guerra mundial Segunda Guerra Mundial.
A pena de morte funcionaria como uma resolução extremamente >superficial, não resolvendo, de fato fato, a questão da criminalidade em sua totalidade profundidade, uma vez que que, por trás da cena de um crime, existe um enorme contexto maior a ser analisado, inclusive, uma série de falhas dos órgãos de segurança pública e judiciários da Justiça, na aplicação de penas.
Portanto, é notável que o apelo pela à aplicação deste tipo de dessa pena, surge de um vácuo da na sensação de funcionalidade do estado Estado, impulsionado pelo sensacionalismo da mídia, sendo necessário uma reforma do sistema jurídico, pelo ministério da justiça, respeitando os direitos humanos e e, no sistema penitenciário, pelo recém criado ministério da segurança pública, realizando recém-criado Ministério da Segurança Pública, realizando um trabalho conjunto de prevenção a à criminalidade.
Comentário geral
É necessário um pouco de boa vontade para dar nota 4,0 a essa redação, pois há muitos problemas em todos os níveis: linguagem, estrutura, argumentação, proposta de intervenção. Um corretor mais generoso talvez chegasse a 5,0. Um mais rigoroso, a 3,0. O autor se expressa mal, não chega a argumentar de um modo convincente em defesa de seu ponto de vista, e chega a uma conclusão, no mínimo, confusa.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: a) a metáfora mar de vozes é inadequada para um texto dissertativo, que deve primar pela objetividade. b) A grafia correta seria ultrapolêmico. Mas é um exagero. Muito polêmico é o suficiente para chegar ao ponto que o autor visa. c) Exceto em questões filosóficas, não há diferença entre moral e ética. A primeira palavra veio do latim, a segunda, do grego, mas as duas significam basicamente a mesma coisa.
2) Segundo parágrafo: a) A Declaração universal dos direitos humanos não garante nada, de fato. Ela declara direitos, mas nunca teve o poder de garanti-los. b) A referência histórica não tem o mínimo sentido: há muitos países que adotam a pena de morte, tanto antes quanto depois da Segunda guerra. Esse conflito não aboliu a pena de morte no mundo, nem no Brasil. É o caso de perguntar: por que fazer afirmações tão peremptórias, se não se tem conhecimento básico sobre o assunto em questão?
3) Terceiro parágrafo: superficial se opõe a profundo. É essa a oposição a que o autor parece querer se referir.
4) Quarto parágrafo: a) se já é difícil definir o que seria uma sensação de funcionalidade do Estado, de que que modo se definiria o vácuo dessa sensação? Usar linguagem formal significa ser objetivo. Não se trata de usar uma linguagem complexa ou rebuscada. b) É a mídia que alimenta essa sensação indefinida de funcionalidade do Estado? Como? Por quê? c) O parágrafo termina determinando tarefas para um Ministério recém-criado e dando poderes legislativos ao Ministério da Justiça. Mais uma vez: cuidado ao falar de coisas que se desconhece. A probabilidade de falar besteira é enorme.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
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