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REDAÇÕES CORRIGIDAS - Novembro/2018 A onda conservadora e o Brasil nos próximos anos

Redação corrigida 480

Por que uma onda conservadora?

Inconsistente Erro Correção

O embate entre esquerda e direita, iniciado na revolução Revolução francesa, vem moldando os países desde a sua criação. Os Esses termos, praticamente, se tornaram confusos ao longo dos séculos e e, hoje em dia, cada um ou cada grupo, tem grupo tem sua própria concepção do que significa tais termos. A partir disso, cada um procura se colocar em um lado do espectro, ou ou, às vezes, prefere o centro. Em uma democracia saudável, ambos os lados convivem ou deveriam conviver pacificamente, às vezes vezes, até se revezando como governo. Porém Porém, no Brasil, esse convívio se tornou tóxico ao ponto de um não suportar o outro.

Após aproximadamente duas décadas de um governo militar considerado de direita, com seus erros e acertos, finalmente um governo civil tomou posse; e desde então desde então, a esquerda, ou para alguns, liberais, vem governando o país e tentando se perpetuar no poder. Essa tentativa se tornou mais clara com a chegada da extrema-esquerda extrema esquerda ao poder, em 2002. Sempre com pautas que agradam à primeira vista, ela foi ganhando cada vez mais seguidores. O que a maioria não percebeu, seguidor ou não, era que todas as boas intenções acobertavam os piores esquemas de corrupção que o mundo já havia visto. Compra de parlamentares, aparelhamento dos poderes da república República, desvios bilionários de empresas estatais, tudo em prol de uma agenda maligna criada e aperfeiçoada desde então, por um “burguês socialista”, há uns dois séculos atrás, mais ou menos.

Portanto, não é de se de espantar que uma onda de direita conservadora tenha surgido em peso no Brasil recentemente. Como citado no texto, anteriormente, uma democracia saudável precisa de ambos os lados dialogando e chegando a um consenso para um o bem-estar da população. Não pode ser aceitável em um país como o Brasil qualquer tipo de ditadura, seja de direita, ou uma ditadura corrupta corporativista de esquerda. Se um governo conservador vai ser bom, só o tempo dirá, mas 15 anos de governo progressista já se mostrou mostraram uma péssima experiência.

Comentário geral

Texto regular, com muitos problemas conceituais e estruturais. Não se pode considerar o primeiro parágrafo como a introdução de uma tese, exceto se a tese for o “relacionamento tóxico” entre direita e esquerda no Brasil. Mas não é isso o que será defendido depois. O segundo parágrafo tenta fazer um apanhado extremamente sintético da história recente do país, sem estar ligado ao que foi dito antes, mas só ao que vem depois: o parágrafo conclusivo, que de conclusivo tem muito pouco, uma vez que o autor diz não ser possível prever o futuro e que uma conclusão só poderá ser extraída quando as coisas acontecerem. Enfim, o texto se compõe de declarações independentes, relacionadas apenas pela temática, sem que haja uma preocupação clara de seguir uma linha de raciocínio. Isso não pode ser considerado uma dissertação argumentativa. Não se trata de ser contra ou a favor do que o autor diz. O problema é que ele diz isso de modo aleatório, sem seguir raciocínios lógicos.

Aspectos pontuais

1) Primeiro parágrafo: a) “desde a sua criação”? Como assim? Muitos países europeus já existiam antes da Revolução francesa... b) Por mais confusos que sejam os termos, é possível estabelecer as diferenças entre esquerda e direita objetivamente, isso não depende da opinião de cada um. c) Espectro? O autor fala de dois polos e depois em centro. Quando se fala em espectro das cores, por exemplo, há uma gradação. No modo pelo qual o autor apresenta a polaridade esquerda-direita não há gradação e, portanto, não há espectro. d) Se o normal é a alternância no poder, não faz sentido usar o “até” que dá a entender que a chegada de um grupo ao poder é excepcional.

2) Segundo parágrafo: a) Os liberais não são de esquerda. Só nos Estados Unidos o termo é usado nesse sentido. No Brasil não. b) Se esquerda e direita são termos confusos, como o autor diz, será mesmo possível classificar o PT de extrema esquerda? Como já se disse, o texto lida mal com conceitos. c) “Agenda maligna”? Por quê? Cabe ao autor explicar e não simplesmente qualificar positiva ou negativamente. d) O tal “burguês socialista” (seja ele quem for) continua trabalhando na mesma agenda desde o século XIX? Quantos anos ele tem? O parágrafo termina muito mal.

3) Terceiro parágrafo: agora o autor chama os petistas de progressistas; antes, eram de extrema esquerda. Mais confusão conceitual. Até agora, o autor não empregou o termo “progressista”. Sem mais nem menos, passou a usá-lo, subjetivamente.

Competências avaliadas

As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Título nota (0 a 1000)
Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 120
Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. 80
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 80
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. 120
Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. 80
Nota final 480

Redações corrigidas

Título nota (0 a 1000)

Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.

Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.

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