REDAÇÕES CORRIGIDAS - Fevereiro/2019 Posse de armas: mais segurança ou mais perigo?
Posse de armas: o dilema da segurança pessoal no Brasil
A posse de uma arma de fogo significa segurança pessoal para quem dela faz uso? Em 2005, quando houve o referendo do desarmamento no Brasil, a maioria dos brasileiros votaram votou a favor da posse de arma de fogo armas de fogo; argumentando ser útil e necessária para a segurança pessoal.
Nos Estados Unidos, país com o maior arsenal de armas do mundo e que é modelo para o presidente Jair Bolsonaro na posse e porte de armas armas, não é sinônimo de segurança social ou individual. Dados de 2017 apontam que os EUA são o segundo país com o maior número de mortes por arma de fogo do mundo – atrás apenas do Brasil. Este a A posse e o porte de arma não estão assegurados pela constituição como aquele que é assegurado constitucionalmente desde o século 18.
Dados também afirma que mostram que, nos Estados Unidos Unidos, só em 2016, a maioria das mortes com armas de fogo (59%) consistiu em suicídio. Ou seja, esta essa é a arma preferida dos suicidas. No Brasil, os homicídios representaram 94,8% das mortes por arma de fogo em 2014. Com isso, pode-se confirmar o jargão: “aquilo me protege é minha maior ameaça”. Pois Pois, ao mesmo tempo em que se defende a própria vida a arma pode ser usada em agressão a própria existência. Em 2018 mais de 220 policiais foram baleados no Rio de Janeiro, destes desses mais de 90 não resistiram; apenas 03 foram vítimas de disparos acidentais, 111 estavam no trabalho, todos portavam armas e foram treinados para isso.
Feita uma comparação de dados entre a guerra na Síria e mortes com arma de fogo no Brasil, do período entre 2011 a 2015 2015, constatou-se que a guerra da Síria perdeu. Assim, com a flexibilização da posse de arma de fogo no Brasil Brasil, pode-se repetir o ditado: “bala trocada não dói”, por outro lado, existe a possibilidade da multiplicação de mortes, uma vez que se recusa o outro ditado: “quando um não quer dois não brigam”. Considerando que a que, na maioria dos latrocínios (roubo seguidos de morte) morte), o meliante disparou devido a à reação da vítima.
A constatação que se infere da opinião pública em 2005 sobre o estatuto do desarmamento e que ainda persiste numa expressiva parte dos brasileiros consiste no descrédito das instituições de segurança pública, ou seja, dos governantes. Estes preferem que a população assegure o próprio destino. Que a posse de arma é um meio eficiente da segurança pessoal, isso o futuro dirá ao povo brasileiro. A história e os fatos mostram o contrário.
Comentário geral
O texto se revela insuficiente, pois deixa a desejar como estrutura dissertativa, por faltar-lhe coesão. Além disso, apresenta uma argumentação confusa e com pontos contraditórios, bem como problemas linguísticos e gramaticais.
Competências
• 1) A linguagem se revela insuficiente, devido principalmente aos trechos assinalados em vermelho, que ou são ambíguos ou confusos ou trazem outros problemas mais graves, como a agramaticalidade. Veja-se a palavra sublinhada último parágrafo: o fato de o autor grafar incorretamente o verbo ser, sem acentuá-lo, deixa a possibilidade de aquele “e” prejudica toda a sintaxe do primeiro período.
• 2) Há uma compreensão do tema, mas não há uma dissertação argumentativa, pois não há uma linha de raciocínio, apenas uma exposição de dados justapostos, dos quais o autor extrai uma conclusão não sobre o tema, mas sobre o que explica o resultado do referendo de 2005.
• 3) Quanto à argumentação, vale ressaltar que o autor aponta “dados”, mas não diz quais são as fontes desses dados. Além disso, há argumentos equivocados e absurdos, muito mal expressos. Por exemplo, no referendo, a população votava sim ou não, sem apresentar argumentos para justificar seu voto. Os ditados populares usados como argumento também não fazem muito sentido. Chega a ser uma maneira leviana de encarar o problema. Há também contradições: se os Estados Unidos, onde o porte de armas é permitido, têm menos mortes que o Brasil, onde o porte de armas não é permitido, a conclusão é que o porte de armas diminui as mortes e não as aumenta.
• 4) Não há coesão no texto, que aparece como uma série de parágrafos justapostos sobre o tema, que até chegam a mostrar a opinião do autor, mas não porque ele a exponha claramente, de acordo com uma linha de raciocínio: é o leitor que tem de depreendê-la.
• 5) A conclusão visa mais explicar o referendo de 2005 do que tratar do tema. Permitir a posse de armas não significa que os cidadãos necessariamente não confiam na polícia. Além disso, mais uma vez, o autor soa contraditório: pelo ponto de vista dele, o que mostra que a posse de armas não é positiva é a história e os fatos, e não o futuro, como ele afirma pouco acima. A propósito, não foram apresentados fatos de caráter propriamente histórico.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
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