REDAÇÕES CORRIGIDAS - Janeiro/2016 Por que o Brasil não consegue vencer o Aedes aegypti?
Problema coletivo, solução coletiva
O Aedes aegypti, até há alguns meses conhecido como o mosquito transmissor da dengue, Conhecido até alguns meses atrás como transmissor da dengue, o Aedes aegypti foi promovido recentemente ao a transmissor de outras doenças doenças, até então pouco conhecidas da população: a febre chikungunya e a microcefalia Chikungunya e do Zika, além da microcefalia.
As formas de contágio e, principalmente, de prevenção continuam as mesmas: há que se evitar a proliferação do mosquito, para que suas fêmeas, ao picarem os seres humanos, não depositem seus ovos contendo os vírus causadores das doenças.
Embora a população seja constantemente alertada pelos meios de comunicação e pelas campanhas governamentais da importância de se eliminarem os focos dos criadouros, e os criadouros e manterem constante vigilância em seus quintais e telhados, há a percepção existe uma percepção generalizada de que o problema é sempre do vizinho. Em geral, a população é bem eficiente em denunciar os matagais, lixões, vizinhos e casas abandonadas, mas nem sempre gasta algumas horas da semana para inspecionar seus quintais e calhas de telhados. Pensam muitos muitos: “de que adianta eu olhar o meu quintal se o meu vizinho não o faz?”, ou “de que adianta eu fiscalizar as calhas do meu telhado se a prefeitura não cuida das áreas públicas repletas de criadouros do mosquito?”.
Além disso, pesa o estigma que os males transmitidos pelo mosquito são “doenças de pobre”. Embora, de fato, a maior parte dos contaminados residam em áreas carentes, onde há maior propensão a terrenos baldios e criadouros para depósito dos ovos do mosquito, e tenham menos acesso a tratamentos médicos, o Aedes aegypti tem um grande poder de locomoção e não escolhe o indivíduo a ser picado pela classe social.
Comentário geral
Texto fraco, cujo maior mérito está na argumentação apresentada no terceiro parágrafo, mas, em termos de estrutura, o grande problema é a introdução expositiva e a falta de conclusão: os dois primeiros parágrafos são expositivos e não apresentam uma tese que deveria estar lá para poder ser entendida. O último parágrafo traz um novo argumento sobre a causa da proliferação do mosquito. Se fosse uma conclusão deveria retomar os argumentos anteriores para demonstrar a tese (inexistente) dos primeiros parágrafos.
Aspectos pontuais
1) Título: não há nada no texto que justifique a escolha do título.
2) Primeiro parágrafo: foi promovido tem sentido figurado e irônico, mas é uma ironia despropositada, que não se encaixa no contexto do parágrafo.
3) Segundo parágrafo: a informação é incorreta. O contágio se dá pela picada e não pelos ovos, que não são depositados nos seres humanos, mas na água parada.
4) Terceiro parágrafo: será que há de fato esse estigma? Que provas o autor dá dessa afirmação?
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.
Copyright UOL. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução apenas em trabalhos escolares, sem fins comerciais e desde que com o devido crédito ao UOL e aos autores.