REDAÇÕES CORRIGIDAS - Outubro/2017 A terapia de reversão da orientação sexual
Procura-se tolerância
É notório como que notícias envolvendo o homossexualismo inflam as redes sociais e polarizam opiniões. O mais recente exemplo disso foi o novo projeto de lei que defere a terapia para o tratamento de transtornos de orientação sexual. Entre os principais aspectos aflorados discutidos pela sociedade pós-projeto há a liberdade de escolha e o possível fortalecimento da homofobia.
Primeiro, parte da população demoniza essa terapia, caracterizando-a como desumana e um retrocesso ao nazismo. No entanto, deve-se salientar que tal tratamento, apesar de não ratificada sua eficácia, tem como público heterossexuais, homossexuais ou bissexuais que estejam insatisfeitos, dúbios ou que sofrem com sua orientação. Ademais, em parte dos casos, abuso e estupro na infância e na adolescência tem como são a origem do transtorno desses indivíduos. Logo, esse público, por livre arbítrio e cientes da não garantia de resultados, possuem direitos de buscar uma solução ou compreensão de seus desejos sem haver constrangimento ou censura.
Em segunda análise Em segundo lugar, há aqueles que predizem o aumento da violência contra os homossexuais após a suposta cura. Porém, são notícias sensacionalistas e falaciosas nas redes sociais e em alguns jornais que espalham a ideia de que o Legislativo está tratando o homossexualismo como patologia, o que não pode ser confirmado na litura do projeto. Além disso, apenas o Brasil, Equador e Malta vetam esse tipo de terapia, todavia, mesmo assim, o primeiro é líder em homicídios de pessoas LGBT, de acordo com o Grupo Gay da Bahia. Dessa forma, o que precisa ser combatido é a intolerância e violência contra as minorias, não a censura. .
Sendo assim, é de suma importância a placidez da sociedade para lidar com o tema e buscar pela informação em sua origem. Ademais, cabe aos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário a garantia da liberdade científica em consonância com os direitos humanos para que a terapia não seja utilizada coercitivamente em crianças e adolescentes que são elucidadas sobre seu ser. Destarte, a sociedade deve compreender o sentido intrínseco ao homem da sua orientação sexual para que haja respeito, mas há fatores externos e internos que podem interferir, o que, nessas situações, também deve haver consideração social ao desejo de mudança. .
Comentário geral
Texto fraco, marcado por frases e parágrafos obscuros, cujo sentido exato o leitor não consegue decifrar. Não bastasse isso, há uma incompreensão do tema que também é grave: a terapia de reversão da orientação sexual se dirige a homossexuais insatisfeitos com essa condição, daí o nome popular de “cura gay”. O autor estende o público que poderia utilizar o tratamento, de modo que o tratamento a que ele se refere não é o mesmo abordado pela proposta de redação. Há afirmações que beiram o preconceito, como quando o autor afirma que o abuso sexual na infância ou adolescência é a origem do transtorno desses indivíduos.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: a) nem sempre o homossexualismo é o tema principal dos debates nas redes sociais. No mês de outubro, a arte considerada imprópria e incentivadora da pedofilia foi muito mais comentada, assim como a ideologia de gênero e a corrupção política. b) A liminar do juiz deferindo a terapia de reversão de orientação sexual não chegou a dividir a sociedade em antes e depois, a ponto de se poder falar de uma sociedade pós-projeto.
2) Segundo parágrafo: a) o Brasil não pode retroceder ao Nazismo, porque o Nazismo nunca vigorou no Brasil. b) O autor estende o público da terapia de reversão da orientação sexual e desvirtua o tema da redação, passando a falar de um assunto que está além do tema proposto.
3) Terceiro parágrafo: o autor mistura violência homofóbica com sensacionalismo jornalístico, de modo obscuro e sem muita lógica. Aparentemente, ele quer dizer que a violência não irá aumentar como apregoam os meios de comunicação sensacionalista, mas diz isso de um modo tortuoso. Pior relaciona fatos aparentemente diversos sobre os países que proíbem a terapia e o número de homicídios de pessoas da comunidade LGBT no Brasil. O que uma coisa tem que ver com a outra?
4) Quarto parágrafo: aqui o autor chegou a tal nível de obscuridade que é impossível saber ao certo o que ele quer dizer com tudo isso. O parágrafo é nulo em termos de sentido.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
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