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REDAÇÕES CORRIGIDAS - Outubro/2018 Patrimônio histórico e cultural brasileiro: um caso de descaso

Redação corrigida 550

Proteção do patrimônio histórico e cultural brasileiro, uma ação necessária

Inconsistente Erro Correção

No meio do mundo, a Fortaleza de São José de Macapá, no estado do Amapá, resiste, bravamente, à ação do tempo. O monumento é símbolo cultural da população daquele ente federativo daquela unidade federativa. Da mesma forma, nos demais estados brasileiros, outros bens, materiais e imateriais, exercem esse papel, tornando necessária a tomada de medidas que visem protegê-los.

Em setembro de 2018, o Museu Nacional foi destruído por um incêndio de grandes proporções. O ocorrido evidenciou o descaso do Estado com a preservação do patrimônio histórico e cultural do Brasil. Outrossim, casos como o do museu fazem vir à tona a necessidade de se proteger bens culturais, na medida em que estes são instrumentos que representam a memória de uma sociedade.

Todavia, a proteção efetiva desses patrimônios está longe de se tornar uma realidade. Muitos bens tombados pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) são prejudicados pela inércia de instituições públicas responsáveis por protegê-los. Ademais, a situação é agravada pela falta de ações pedagógicas voltadas à conscientização da população sobre a importância do patrimônio histórico.

Dado isso, é necessária a tomada de medidas que resolvam o impasse. De acordo com a Lei Complementar nº 75, de 1993, o Ministério Público é a instituição responsável pela defesa do patrimônio cultural brasileiro. Assim sendo, o órgão deve instituir ações fiscalizatórias que assegurem a integral aplicação dos recursos federais destinados à restauração e preservação dos patrimônios tombados pelo IPHAN. Consoante Nelson Mandela, a educação é a arma mais poderosa que se pode usar para mudar o mundo. Dessa forma, o Ministério da Cultura deve estabelecer, nos meios digitais, campanhas educativas voltadas à conscientização da população sobre o tema. Assim, atuando juntos, sociedade e órgãos públicos competentes tornarão realidade a integral proteção do patrimônio cultural e histórico brasileiro.

Comentário geral

Texto regular, relativamente bem escrito, mas muito repetitivo. Basicamente, o autor afirma que a existência de um patrimônio cultural torna necessária sua preservação, mas ele não justifica seu ponto de vista, pois não diz por que o patrimônio cultural tem importância para a sociedade. Nesse sentido, a argumentação se limita à exposição de uma opinião (é necessária a conservação dos bens culturais) e dos fatos (os órgãos responsáveis são negligentes). Em termos estruturais, o texto apresenta dois parágrafos introdutórios: se o primeiro ou o segundo parágrafo fossem suprimidos, ainda assim o texto estaria completo. O terceiro parágrafo é expositivo e, depois dele, segue uma conclusão que já havia sido exposta ao longo de todo o texto: é necessário preservar o patrimônio histórico-cultural. Por tudo isso, o texto demonstra apenas que o autor sabe usar a linguagem escrita e que entendeu o tema, bem como apresentou uma sugestão de intervenção para resolver o problema. Faltou o essencial: a argumentação.

Aspectos pontuais

1) Primeiro parágrafo: a) “no meio do mundo”? Como assim? A fortaleza não está localizada no centro geográfico da terra. Então, a expressão não é literal, mas seu sentido figurado é ininteligível. b) Tanto aqui, quanto no parágrafo seguinte, o autor repete a necessidade de proteção do patrimônio cultural, sem analisar o motivo dessa necessidade.

2) Terceiro parágrafo: o autor lança outro tópico sobre o qual se repetirá no parágrafo seguinte: ações de conscientização. A repetição parece ocorrer exclusivamente pela necessidade de aumentar o tamanho do texto.

3) Quarto parágrafo: a) medidas são necessárias para solucionar qualquer problema, pois nenhum problema se resolve sozinho. A frase é um lugar-comum, cujo significado não passa de banalidade. Além disso, seria melhor falar em “problema” do que “impasse”, pois as duas palavras não são sinônimas e, no caso em questão, não existe um impasse propriamente dito.

Competências avaliadas

As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Título nota (0 a 1000)
Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 150
Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. 150
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 50
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. 50
Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. 150
Nota final 550

Redações corrigidas

Título nota (0 a 1000)

Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.

Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.

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