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REDAÇÕES CORRIGIDAS - Maio/2016 Política X Ciência: a "pílula do câncer"

Redação corrigida 650

Qual é o papel do Estado?

Inconsistente Erro Correção

No último ano houve um grande aumento nas discussões sobre a liberação da fosfoetanolamina e o papel dos Três Poderes nessa deliberação. É indiscutível que decisões de vida ou morte não devem ser tomadas por órgãos públicos ou cientistas. Nesse caso Nesses casos, cabe ao portador da doença, optar doença optar pelo uso do medicamento se julgar necessário, além de que, há que há momentos que o indivíduo não tem nada a perder.

Em determinadas situações situações, o cidadão tem o direito de decidir o que achar melhor para ele. Principalmente quando se trata da vida desse indivíduo. Nesta Nessa circunstância, cabe ao Estado apenas monitorar as pesquisas e certificar-se pesquisas, certificando-se de que estão seguindo corretamente e os pesquisadores e aos pesquisadores, através de seus estudos sobre o medicamento medicamento, orientar e explicar as possíveis complicações, para que o portador da doença faça a melhor escolha.

Mesmo os cientistas afirmando que o medicamento não passou por todos os testes testes, há ocasiões, tais como, pacientes ocasiões como as de pacientes em estado terminal que veem no remédio a única opção de uma possível recuperação. Já foi provado que que, apenas com o fato do de o paciente acreditar, há uma considerável melhora na qualidade de vida desse indivíduo, haja vista que não há muitas alternativas nesse tipo de situação.

Entende-se, portanto, que certas escolhas devem ser direcionadas aos que mais irão sofrer as consequências do que for definido. Além disso faz-se necessário lembrar que o objetivo e é garantir o melhor tratamento para os portadores do câncer, nesse caso é preciso deixa de lado interesses econômicos e políticos.

Comentário geral

Texto regular, em que o autor, embora apresentando uma tese clara na introdução, é menos assertivo nos argumentos com que tenta defendê-la, misturando algumas idéias, perdendo de vista a coesão entre os parágrafos e partindo para divagações ambíguas. Em termos positivos, nota-se a plena compreensão do tema e o esforço para produzir um texto dissertativo, numa linguagem sem erros gramaticais graves, apenas com os problemas de conteúdo que serão apontados pontualmente.

Aspectos pontuais

1) Primeiro parágrafo: O texto começa fazendo uma declaração genérica e não de todo verdadeira. A discussão surgiu neste ano e não no ano passado e refere-se mais ao governo como um todo, do que aos três poderes, até porque a lei foi promulgada pelo Legislativo e sancionada pelo Executivo.

2) Segundo parágrafo: a) o cidadão pode ter o direito de decidir, mas terá o discernimento para tanto? É papel do Estado não só fiscalizar, como também promover pesquisas, mas, enquanto não há resultados definitivos, ele deve, de fato, liberar o uso de um medicamento? Era essa a questão. De resto, quem orienta o paciente é o seu médico e não os pesquisadores. b) No caso da fosfoetanolamina, não se trata de possíveis complicações, mas de o medicamento, eventualmente, ser ineficaz.

3) Terceiro parágrafo: aqui, por melhora na qualidade de vida, o aluno parece querer referir-se ao efeito placebo, mas o efeito placebo é muito mais do que melhora na qualidade de vida, que não decorre do fato de não haver outras alternativas. Essa última questão não tem relação com o efeito placebo, mas com o fato de que, se a morte é inevitável, experimentar um remédio de eficácia duvidosa não há de trazer um mal maior.

4) Quarto parágrafo: aqui o autor divaga e generaliza demais e até esquece a fosfoetanolamina e o debate proposto pela redação. As escolhas de que ele falava até então eram as escolhas do paciente, que tem o direito de escolher usar ou não determinado remédio. Dessa vez, ele parece estar falando da escolha que o Estado deve fazer, se libera ou não qualquer fármaco. Essas escolhas devem ser feitas levando em consideração o melhor para os pacientes e não sendo direcionadas para os pacientes. Quanto aos interesses econômicos, eles surgiram do nada no fim da redação. Eles não haviam sido mencionados anteriormente, nem discutidos.

Competências avaliadas

As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Título nota (0 a 1000)
Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 150
Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. 200
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 100
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. 100
Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. 100
Nota final 650

Redações corrigidas

Título nota (0 a 1000)

Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.

Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.

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