REDAÇÕES CORRIGIDAS - Maio/2016 Política X Ciência: a "pílula do câncer"
Saúde vem primeiro
Atualmente uma polêmica vem tomando conta do nosso país. Isso se deve ao fato do recente sancionamento da recente sanção da lei que libera o porte, uso, distribuição e fabricação da "pilula “pílula do câncer". Tal sancionamento sanção seria um modo de combater o câncer ou apenas uma manobra política?
É de vital importância para a população que todos os medicamentos a nossa disposição sejam seguros para deles usufruirmos, o que consiste em passar fazê-los passar por uma série de testes. Contudo, esse não é o caso da fosfoetanolamina, que está sendo distribuída para a população sem o consentimento científico.
Com a promessa de melhorar a qualidade de vida de pacientes com câncer, ou até chegar à cura, esse medicamento vem conquistando fãs pelo Brasil. Porém, como que uma substância que não é nem considerada um remédio pela USP pode ser capaz de combater um conjunto de doenças tão complexo como o câncer, que conta com mais de cem tipos de câncer e que são tratados cada um de forma específica.
Fica clara, portanto, a necessidade de repensar se essa atitude tomada por nossa presidente foi realmente inteligente. Mesmo se for uma manobra política com objetivo de amenizar o atual da população população, essa atitude acaba deixando a população exposta a uma série de riscos até então desconhecidos. Concluímos que não se deve misturar ciência com política com interesses próprios qualquer outro motivo, o que acaba colocando em risco a saúde dos habitantes desse país.
Comentário geral
Texto fraco, que faz uma análise superficial da proposta, e está marcado por problemas pontuais graves. Aliás, há casos em que problemas muito pequenos se tornam muito graves, como é o caso do terceiro parágrafo, que deveria terminar com uma pergunta, mas na gramática não há pergunta sem o ponto de interrogação. De resto, o caráter coloquial da linguagem se manifesta desde o título.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: a) O parágrafo começa com uma declaração exagerada. A polêmica da “pílula do câncer”não chegou a tomar conta de nosso país, até porque há outras polêmicas e crises ocorrendo simultaneamente, na política e na economia. b) Fala-se em liberação do porte para maconha e não para medicamentos. c) A sanção por si mesma não combate o câncer. Certo seria dizer algo como: a liberação da fosfoetanolamina ajudaria, de fato, no combate ao câncer ou é apenas uma manobra política?
2) Segundo parágrafo: consentimento científico é uma expressão que não está de todo errada, mas ajuda a produzir ruídos na comunicação. Melhor seria falar em aprovação dos cientistas.
3) Terceiro parágrafo: a) falar em fã de qualquer remédio é algo inusitado. Fã é quem gosta de, quem admira a, quem é louco por... enfim, é alguém que tem sentimentos voluntários ou espontâneos. Normalmente, remédio se toma por necessidade, não por gosto. Não faz muito sentido em falar de fãs da fosfoetanolamina. b) Já apontamos que o trecho que finaliza o parágrafo carece do ponto de interrogação para fazer sentido, mas há mais problemas nele. Como que é uma expressão coloquial, na linguagem escrita bastaria usar como. Falar que o câncer conta com mais de cem tipos de câncer é, no mínimo, redundante. Não é a USP que legaliza medicamentos, mas a Anvisa.
4) Quarto parágrafo: a) provavelmente o autor se refere ao atual estado da população. b) Além de repetir população, a que riscos até então descohecidos o autor se refere? c) O último trecho em vermelho simplesmente deixa de lado a sintaxe e aglutina aleatoriamente as palavras.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.
Copyright UOL. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução apenas em trabalhos escolares, sem fins comerciais e desde que com o devido crédito ao UOL e aos autores.