REDAÇÕES CORRIGIDAS - Abril/2017 Terceirização: avanço ou retrocesso?
Terceirização e Precarização
O Governo Federal conseguiu, ao ressuscitar um projeto de lei de 1998, aprovar a polêmica lei de da terceirização. Lei essa que trouxe a possibilidade de terceirizar até a atividade-fim da empresa das empresas. Com isso isso, o Governo espera gerar mais empregos, uma vez que tal medida tende a facilitar as contratações.
É fato que a legislação trabalhista brasileira é muito complexa e acaba sobre-carregando sobrecarregando o empregador com encargos excessivos. Dessa forma forma, a lei que permite terceirizar inclusive a atividade-fim da empresa a atividade-fim pode trazer alguns benefícios para a economia, com menos desemprego desemprego, e para o empresário, que reduzirá custos de produção e se sentirá estimulado a investir.
O problema é para o trabalhador, esse que pode até sentir que terá obter algum benefício a curto prazo, principalmente se estava desempregado e conseguir um cargo trabalho, em virtude dessa medida do Governo. Porém com o tempo, e isso é natural, irá perceber que teve seus direitos reduzidos e que as relações de trabalho foram precarizadas. Ficará mais difícil negociar férias, aumentos ou reajustes e obter crescimento profissional profissional, já que seu patrão não estará no ambiente em que o empregado exerce suas atividades.
Assim sendo, o único que perderá nessas com essas mudanças será o trabalhador, com menores salários, menos direitos e mais descartável do que nunca. E desse Desse ponto de vista é um retrocesso tal lei vista, tal lei é um retrocesso. Toda grande reforma deve ser amplamente discutida e seus impactos estudados. É possível dinamizar o mercado de trabalho sem precarizar as relações de emprego.
Comentário geral
Texto bom. Em termos de linguagem, o autor não escreve com elegância ou estilo, mas consegue ser claro e comunicar suas ideias ao leitor. Isso é fundamental para qualquer dissertação escolar. Em termos estruturais, o texto também é satisfatório, pois o autor soube introduzir o tema e desenvolvê-lo, examinando-o por uma perspectiva que considera os diversos aspectos da questão. Nesse quesito, o que há de fraco é a conclusão, que será comentada nos aspectos pontuais. Quanto à argumentação, não se pode dizer que ela é suficientemente sólida, mas isso só seria possível se o autor se aprofundasse no tema, fugindo aos limites de tamanho de uma redação, bem como tendo conhecimentos mais técnicos de economia e legislação trabalhista, mas é evidente que não se pode exigir isso de uma redação escolar.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: o autor não está falando de uma determinada empresa, mas de empresas de modo geral.
2) Segundo parágrafo: desnecessário repetir que a atividade-fim é da empresa, mesmo porque, sobre a empresa, vale o comentário do item anterior.
3) Quarto parágrafo: a) Por que mudanças, no plural? O autor está se referindo apenas à terceirização. b) Sobre a ampliação da discussão e o estudo dos impactos, isso vale para todo tipo de reformas e é genérico demais. De resto, pode-se discordar da decisão do governo, mas houve discussão no Congresso e os impactos foram considerados. Então, essa sugestão, além de genérica, chove no molhado. c) De fato, pode ser possível dinamizar sem precarizar, mas o ideal é que o autor sugerisse medidas concretas e realizáveis. Não apenas possíveis.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.
Copyright UOL. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução apenas em trabalhos escolares, sem fins comerciais e desde que com o devido crédito ao UOL e aos autores.