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REDAÇÕES CORRIGIDAS - Julho/2016 Escravizar é humano?

Redação corrigida 300

Trabalho escravo contemporâneo

Inconsistente Erro Correção

Levando em consideração que a questão do trabalho forçado no mundo contemporâneo está em voga em nossa sociedade, é necessário destacar que essa escravidão existente na modernidade é diferente daquela que existia até no final do século XIX, quando era considerada uma atividade legal. Um fator relevante que leva a essa forma de trabalho ilegal ilegal, principalmente em regiões agrícolas, é o desemprego, fazendo com que as pessoas trabalhem por jornadas exaustivas vivendo em condições sub-humanas de trabalho exaustivas, em condições subumanas. Dessa maneira, ao encontro do pelo que foi exposto questiona-se: é correto explorar e privar o ser humano do exercício de sua liberdade?

Em primeiro lugar, o índice de desemprego no país sempre foi considerável, ocasionado mão-de-obra abundante. Dessa forma, os trabalhadores saem do seu Estado de origem origem, em que muitas vezes a situação de pobreza é terrível, na busca por melhores condições de vida vida, deslocando-se para outros Estados. Isso faz com que o trabalhador se sujeite a condições degradantes de trabalho trabalho, em que é explorado, contraindo dívidas enormes com o empregador empregador, sem possibilidade de deixar o local local, sendo ameaçado com violência física e psicológica.

Em segundo lugar, os grandes proprietários de terras agrícolas submetem os trabalhadores à jornadas de trabalho exaustivas sem alimentação adequada e água potável. Ademais, com expediente desgastante colocando em risco a integridade física do trabalhador em que na maioria das vezes o intervalo entre as jornadas é insuficiente para repor suas energias. Nesse sentido, um homem que permanece nessas condições durante um período de 20 à a 25 anos dificilmente vai conseguir se librar liberar desse ciclo de trabalho escravo pois escravo, pois, após todo esse tempo tempo, ele estará tão debilitado que não terá mais possibilidade de deixar o local.

Em vista dos argumentos supracitados, compreendemos que há a necessidade de é necessário resolver o problema da escravidão moderna. Para tanto, é imprescindível a elaboração de um Estatuto com o objetivo de acabar ou minimizar com essa essa situação que ocorre com pessoas que tem têm pouca ou nenhuma escolaridade. Esse Estatuto, instituído pelo governo Federal em parceria com a sociedade privada privada, preconizaria, então então, a fiscalização permanente das áreas que usam o trabalho escravo em seus serviços. Nesses locais em que foi identificado esse tipo de trabalho, as terras devem ser desapropriadas, os proprietários devem responder a processos judiciais e as terras devem ser distribuídas entre os trabalhadores escravos. Viabilizando a priorização da educação de qualidade para sociedade para que as pessoas tenham conhecimento sobre seus direitos e não aceitem serem submetidos à a condições degradantes de trabalho.

Comentário geral

Texto fraco. O autor se expressa mal e não sabe fazer generalizações, apresentando detalhamentos desnecessário para seu raciocínio, o que torna o texto prolixo. O tema da redação era se o fato de existir desde tempos remotos, tornava a escravidão um fenômeno inerente às sociedades humanas. O autor se limita a caracterizar a escravidão contemporânea e a expôr quais são suas causas, de acordo com o seu ponto de vista. Finalmente, como se tivesse perdido o fôlego, faz um último parágrafo confuso e com problemas de lógica.

Aspectos pontuais

1) Primeiro parágrafo: a) estar em voga significa estar na moda, o que absolutamente não é o caso, quando se fala em escravidão. b) A questão colocada ao fim do parágrafo não decorre daquilo que foi dito antes. Não é a diferença entre escravidão do passado e do presente, nem o fato de o desemprego em regiões agrícolas, que levam a questionar se a escravidão é correta? Essa questão se coloca diante de uma perspectiva ética, que o autor sequer mencionou. Então, a pergunta está certa, mas foi lançada abruptamente, em relação ao que foi dito antes.

2) Segundo parágrafo: a) No parágrafo anterior, o texto falava de todo o mundo. Agora, sem deixar clara a transição, passou a tratar do problema no Brasil. b) As questões não são tão simples, quanto o autor considera. Certamente, o fato de não encontrar um emprego decente, pode levar as pessoas a se submeterem a regimes de trabalho análogos à escravidão, mas não é só isso. Os escravos são muitas vezes recrutados por meio de promessas enganosas. c) Não é sair de um Estado e deslocar-se para outro que torna o trabalhador vulnerável à escravidão.

3) Terceiro parágrafo: o autor expressa apenas preconceito contra os grandes proprietários de terras. Nem todos eles são escravocratas e nem a escravidão existe somente no campo. Na cidade de São Paulo, houve várias denúncias de imigrantes bolivianos trabalhando em regime análogo ao da escravidão. De resto, o autor mal e mal consegue descrever a situação do escravo moderno, mas fazendo um cálculo incompleto, que nos faz perguntar: o que acontece então com o escravo, depois de 25 anos de trabalho? Certamente, ele não se aposenta... então ele ficará no cativeiro definhando como um inútil, até a morte por inanição? É preciso pensar nas consequências das declarações que se fazem em um texto.

4) Quarto parágrafo: O autor estaria propondo que se fizesse um Esatuto do Escravo Moderno? A ideia é absurda. O mesmo vale para a fiscalização de áreas onde ocorre o trabalho escravo. A fiscalização deve justamente impedir que existam áreas como essa. De resto, o que o autor sugere como punição já foi implementado há tempos pelo Código Penal e outras leis relativas ao tema. O último período começa mal, com uma oração subordinada de gerúndio, sem a oração principal a que ela deveria estar subordinada. Também dá a entender que a escravidão pode ser solucionada com educação dos vulneráveis à escravidão. Acontece que, muitas vezes, mesmo tendo consciência do problema, o trabahador em desespero não tem essa liberdade de escolha.

Competências avaliadas

As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Título nota (0 a 1000)
Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 100
Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. 50
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 50
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. 50
Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. 50
Nota final 300

Redações corrigidas

Título nota (0 a 1000)

Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.

Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012.

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