Praticar esporte pode aumentar as notas?
Nesta semana começam os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, ótima oportunidade para falar sobre o impacto dos esportes na educação. Em geral, achamos que é a educação que dá um empurrãozinho nos esportes, principalmente nas aulas de educação física. Mas já há muitas pesquisas que apontam impactos positivos da prática esportiva na aprendizagem e no desenvolvimento de habilidades importantes para a escola e para a vida dos estudantes.
Um estudo realizado pela Comunidade Educativa Cedac – que embasou as 5 Atitudes do Todos Pela Educação (saiba mais aqui), entre elas a de ampliar o repertório cultural e esportivo das crianças e dos jovens – apontou diversos benefícios que a prática de atividades físicas pode trazer para a aprendizagem:
- aprimora a função cognitiva (ajuda a aprender mais);
- ajuda a desenvolver as habilidades de percepção, atenção e concentração;
- melhora o comportamento em sala de aula, pois ajuda a desenvolver o espírito de equipe e o respeito ao educador;
- tem um impacto positivo na redução da ansiedade e da depressão, no humor e no bem-estar;
- há uma relação positiva entre programas esportivos e frequência escolar.
Neste ano, eu tive a honra de carregar a tocha olímpica, justamente pelo meu envolvimento com a educação e pela íntima relação que há entre os esportes e a melhora da qualidade do ensino.
Uma inciativa bem interessante que alia os dois temas é o projeto Transforma Educação, da Rio 2016 – organizadora dos jogos olímpicos e paraolímpicos no Brasil –, que tem levado o clima olímpico para as escolas, com propostas de ações que estimulam os alunos a refletirem sobre o principal objetivo do evento: a união dos povos. Além disso, o projeto também estimula os estudantes a conhecerem melhor cada modalidade e a história dos jogos, que está ligada à história da Grécia – principal berço da civilização ocidental, do pensamento filosófico e da democracia. Os esportes também ajudam a aprender história! E tem muito professor criativo conseguindo unir esportes com matemática, biologia, literatura...
Há ainda outras evidências dos impactos mais diretos da prática esportiva na aprendizagem:
- maior oxigenação e, consequentemente, melhor funcionamento cerebral;
- maior disposição física e mental para jornadas maiores de estudo;
- melhor quadro geral de saúde, menor incidência de doenças e, portanto, menos faltas.
Assim como o ato de brincar, que não é devidamente considerado como estratégia de desenvolvimento de habilidades, o esporte também deveria receber muito mais espaço nos planejamentos e nas escolas. No Brasil, apenas 33,5% das escolas têm quadra de esportes, de acordo com dados do Observatório do PNE (veja aqui).
Então, quando for jogar vôlei, queimada, frescobol na praia ou mesmo um bate-bola no quintal com as crianças, saiba que, além de se divertirem e receberem sua atenção, elas estão se desenvolvendo muito, muito mais do que nós imaginamos!
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