Educação: uma prioridade nacional
O ano já está a todo vapor e os trabalhos do Congresso Nacional começam nesta semana. Pautas polêmicas (como a reforma da Previdência) entrarão em discussão nos próximos meses. Isso tudo em um cenário político efervescente, onde a corrida eleitoral começa a tomar forma e direcionar os esforços dos congressistas.
Diante de tanto ruído, é preciso ajustar os ouvidos. Nesse turbilhão, agendas importantes para a sociedade não podem ser negligenciadas pelos legisladores, os verdadeiros representantes da população brasileira. Pensando nisso, nós do Todos Pela Educação desembarcamos na Praça dos Três Poderes na última terça-feira para alertar os deputados federais para uma das pautas mais urgentes do Brasil, a Educação.
Como ato simbólico, nos 513 gabinetes dos deputados federais, distribuímos cartazes que sintetizam o extermínio dos sonhos em curso no País: pouco mais da metade das crianças brasileiras de 8 anos não sabem ler, a competência mais basilar para uma trajetória escolar bem-sucedida.
Queremos lançar luz a esse quadro alarmante, cuja gravidade foi reforçada pelos últimos dados do Censo Escolar, que indicam a falta de infraestrutura mínima para garantir a aprendizagem. Em pleno século XXI, estamos enviando muitas de nossas crianças e adolescentes para espaços sem banheiro, sem água encanada, sem computadores que funcionem. Como transformar essa situação, se prendemos nossos alunos que mais precisam de apoio em um ciclo de exclusão social, em que nem mesmo a escola é um lugar seguro e de bem-estar?
Sem Educação de qualidade, capaz de ampliar os horizontes e garantir oportunidades a todos, perpetuaremos o eterno retorno de problemas que impedem uma qualidade de vida melhor para todos nós.
A boa notícia é que é possível alcançar melhoras expressivas, quando há um pacto em torno da Educação, como o que vem ocorrendo em Pernambuco. Nessa parceria, o Legislativo é um elo fundamental, basta olhar as importantes contribuições deles à área da Educação nos últimos anos. Em 2014, foi aprovado pelo Congresso o Plano Nacional de Educação (PNE), documento fundamental para a gestão e continuidade das políticas para o ensino brasileiro. A aprovação da Emenda Constitucional N° 59, que ampliou a matrícula obrigatória na Educação Básica, foi outra ação com impacto na vida de todos nós. Ambos os processos exigiram consensos a fim de garantir que nossas crianças saíssem ganhando.
Precisamos que tal comprometimento seja constante, de qualidade e célere. Entre deputados e sociedade, uma aliança de indignação que não se restrinja aos anos de eleições, uma repulsa à negação dos direitos de nossos estudantes. Apenas uma legislatura que garanta debates democráticos e propostas de qualidade educacional, imbuídas de conhecimento técnico e participação social, tornará tal engajamento possível. Esse é um compromisso inadiável, legislar pela Educação é agora, Educação Já!
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