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Priscila Cruz


Priscila Cruz

Brincar com seu filho faz com que ele aprenda mais!

Vilmar Oliveira/Todos pela Educação
Imagem: Vilmar Oliveira/Todos pela Educação

25/05/2016 06h00

Neste final de semana, o New York Times publicou um artigo de Paul Tough, jornalista e escritor canadense que tem se debruçado sobre temas da Educação, no qual ele apresenta evidências sobre a importância e o impacto do comportamento dos pais na capacidade de aprender das crianças. O texto, em inglês, pode ser lido aqui-- URL encurtada: http://zip.net/bstkCb

Experiências realizadas com grupos de crianças em situação de pobreza, com acompanhamento de especialistas – e ele cita três neste artigo –, comprovam que as crianças que receberam mais atenção e tiveram mais tempo e oportunidades de interagir e brincar com seus pais ou responsáveis apresentaram melhor aprendizado, tanto em conteúdo didático (português, matemática, etc.) como no desenvolvimento das chamadas habilidades socioemocionais.

E é importante reforçar que não é qualquer interação que causa esse impacto positivo. Tem que ser uma interação de qualidade. Por isso, nesses experimentos que Paul relata houve intervenção de tutores que orientaram os pais e responsáveis sobre como tornar esses momentos juntos melhores ainda. Algumas das dicas foram:

  • passar mais tempo brincando ativamente com os filhos;
  • ler livros (podem ser só de imagens);
  • cantar; 
  • brincar de esconde-esconde.

Dessas, a que mais teve impacto foi a atitude de brincar mais com as crianças. É tão simples que nem parece verdade o quanto isso pode melhorar verdadeiramente o aprendizado. As evidências, no entanto, são claras e concretas. Alguns dos resultados apresentados são:

  • crianças que brincaram mais com seus pais tiveram melhores resultados em testes de Q.I., menor agressividade e maior autocontrole; 
  • na vida adulta, alcançaram uma renda 25% maior do que as crianças que não tiveram as visitas de tutores.

O que isso tem a ver com Educação na escola? A resposta é simples: crianças que se sentem mais confiantes, mais seguras, conseguem aprender melhor. 

Mas, então, o que fazer? 

A conclusão de Paul, já no título do seu artigo, é que para ajudar as crianças a se desenvolver, temos que ajudar os pais a fazer a sua parte.

Parece absurdo, mas se pensarmos que durante séculos imperou o descaso com a Educação no Brasil, que apenas recentemente ela passou a ser universal e a fazer parte da agenda pública com mais vigor, faz todo o sentido que cerquemos por todos os lados a aprendizagem dos alunos.

Aqui mesmo, no Brasil, temos algumas iniciativas bacanas que pretendem fazer essa ponte com os pais para ajudar a melhorar o aprendizado dos filhos. Conheça algumas delas:

 

Priscila Cruz